Em seu dia, trabalhadores rurais realizam ações em Alagoas

25/07/2012 15:07

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Assessoria

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Na passagem do dia 25 de julho, Dia do Trabalhador Rural, os agricultores organizados no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam ações de solidariedade em diversos pontos de Alagoas. A data é uma menção àqueles e àquelas que, tradicionalmente, dedicam suas vidas ao cultivo da terra, colhendo os frutos que chegam à mesa de milhões de brasileiros, no campo e na cidade.

Sempre marcada por ações de diálogo e cooperação com o todo da sociedade, o Dia do Trabalhador Rural este ano será celebrado em Alagoas com muita festa. Além de comemorações locais e debates sobre a importância da Reforma Agrária, o MST impulsiona doações de alimentos e doação coletiva de sangue, na Zona da Mata e no Agreste do Estado.

Em União dos Palmares (a 73km de Maceió), um grupo de cerca de cinquenta trabalhadores rurais realiza a partir das 11h a doação de mais de duas toneladas de alimentos, oriundos dos assentamentos da região Quilombo dos Palmares, Paulo Freire e Chico Mendes. Os alimentos sem agrotóxicos serão entregueS como forma de solidariedade em duas instituições de caridade: na Casa dos Pobres (abrigo de idosos) e no Hospital Regional São Vicente de Paula (sem fins lucrativos).

Na segunda maior cidade do Estado, Arapiraca (a 128km da Capital), a solidariedade vai expressa no próprio sangue daqueles que plantam e lutam. Um contingente de 25 trabalhadores rurais realiza uma doação coletiva de sangue na sede local do Hemocentro de Alagoas (Hemoal). A partir das 10h, os camponeses estarão no órgão, aproveitando também para realizar uma panfletagem em diálogo com a população local sobre o Dia 25 de julho.

As ações de caráter solidário no Dia do Trabalhador Rural têm o intuito de trazer à sociedade a importância e o papel que a Reforma Agrária cumpre na distribuição de terras e demais riquezas, bem como no desenvolvimento das famílias beneficiadas diretamente pela divisão do latifúndio. As famílias assentadas são os primeiros beneficiários desta política agrária, mas o resultado da mesma atinge toda população, com garantia de alimentos saudáveis à mesa.

Todo o brilhantismo deste dia, entretanto, tem sido constantemente ameaçado, pelas ações do Governo Dilma, que trata a Reforma Agrária, a redivisão das terras do país para usufruto da maioria pobre, como política desnecessária e ultrapassada. Chegamos, com o atual Governo, a níveis de investimentos piores do que os anos mais duros do governo FHC, com o constante contingenciamento dos recursos destinados à aquisição de terras e ao desenvolvimento das famílias assistidas pela política agrária. 

Primeira Edição © 2011