Adepol defende presença de policiais nas ruas

25/06/2012 15:23

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Adepol Al

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O presidente da Adepol-AL (Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas), Antônio Carlos Lessa defende a presença mais efetiva de policiais nas ruas para que seja possível a redução dos exorbitantes índices de violência no Estado. Ele condenou o deslocamento de policiais, tanto na Polícia Militar como na Civil, de suas atividades-fim e pediu a presença de mais policiais nas ruas.

“A distribuição de policiais militares em gabinetes de diversos órgãos do Estado é um verdadeiro desrespeito para aqueles que verdadeiramente estão trabalhando nas ruas no combate à criminalidade”, disse.

Lessa destacou que hoje órgãos como o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Tribunal de Justiça, a Procuradoria de Justiça, a Procuradoria do Estado, Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas, Governo do Estado, estão “infestados” de policiais militares desviados de sua função.

“Estive recentemente no TRE para renovar o meu título eleitoral e me deparei com dois sargentos para informar onde era o guichê onde eu iria renovar o meu título. No Fórum, são quatro ou cinco militares para informar onde ficam as varas, o banco, o banheiro ou o protocolo. É um desrespeito para aqueles que estão combatendo o crime. O mesmo ocorre na Assembléia, onde se observa policiais para abrir e fechar a porta do plenário, ou fazendo a vigilância noturna desses órgãos públicos”, reclamou.

Segundo ele, no Ministério da Justiça, em Brasília, a vigilância é feita por empresas particulares de segurança. Na Justiça Federal, a mesma coisa, são vigilantes contratados para fazer a segurança. “Há muito que a Adepol-AL vem debatendo e denunciando para o fim dos gabinetes militares nesses órgãos”,acrescentou.

O presidente lembrou que apesar de dirigir a entidade de classe nunca deixou de trabalhar. Passou por delegacias regionais e hoje trabalha em plantões na Central de Polícia de Maceió. “Enquanto estamos no plantão trabalhando, vendo chegar os miliatres com os meliantes para serem autuados em flagrante, devidamente uniformizados, com pistola, com faca, com rádio, com colete, outros ficam em gabinetes porque são privilegiados; têm os seus padrinhos”.

Ele reclama ainda que, enquanto os privilegiados trabalham no ar condicionado, sem arriscarem a vida no combate à criminalidade, e ainda ganham gratificações, policiais militares e civis que estão nas ruas não tem direito sequer a horas extras, embora ultrapassem a sua carga horária.

“Esses privilégios são uma afronta aqueles que estão trabalhando. Este é o momento de o governo acabar definitivamente com esses gabinetes militares; se querem deixar alguns poucos para fazerem a segurança de autoridades, estas que requisitem ao Conseg”.

Antônio Carlos Lessa afirma que na Polícia Civil também há privilégios. “Temos na parte administrativa, policiais civis e escrivãs que ficam fazendo trabalhos burocráticos, enquanto existem delegacias do interior onde não tem sequer a figura do policial civil e nem do escrivão. O governo poderia contratar pessoal para essas atividades burocráticas, e colocar o policial civil e o policial militar nas suas atividade-fim, que é o combate à criminalidade”, concluiu.

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