Preta Gil se sente cobrada pela sociedade

Nova música da cantora critica estereótipo imposto pela sociedade

05/06/2012 05:11

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FAMOSIDADES

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Preta Gil gravou, na segunda-feira (4), o clipe “Sou Como Sou”, primeira música de trabalho de seu CD homônimo, previsto para ser lançado no mês de julho. A canção é um certo desabafo da cantora. Infelizmente, Preta é obrigada a aturar gracinhas de humoristas relacionadas a seu peso.

“A música fala desse estereótipo que a sociedade impõe a todo mundo, de que para ser feliz você tem que ser branco, tem que ser magro, tem que ser alto, tem que ter carro do ano, tem que ser heterossexual, tem que ser malhado, tem que ter cartão de crédito", disse em entrevista ao Famosidades.

"Então a gente criou um mundo de fantasia, com uma mulher poderosa cheia de homens e com muita atitude. Acho que eu sou um pouco isso, mas não dessa maneira tão caricata como é no clipe”, afirmou.

A cantora garantiu que, assim como a maioria das pessoas, muitas vezes se sente cobrada pela sociedade. “Eu me sinto em alguns aspectos. Acho que todo mundo que escutar a música vai se identificar porque já se sentiu cobrado em algum desses pontos. Porque eu só posso gostar de alguém se essa pessoa for rica, ou se ela for loira? Você pode ser do jeito que você é as pessoas gostarem de você”, falou.

No clipe, Preta troca de figurino oito vezes para dar vida a diferentes mulheres que ela afirma ter um pouquinho de em todas. “Como a música fala disso, eu quis inventar várias mulheres poderosas, que é o que eu sou apesar de eu não ser tão montada assim. São várias Pretas e eu me identifico com todas elas, mas eu vivo com a minha carcaça. Não saio todo dia maquiada e super produzida. A mulher tem que se valorizar, tem que se gostar, tem que procurar se cuidar e ser vaidosa. Acho que eu sou uma mulher assim, sou um exemplo de mulher bem resolvida e no clipe eu sou mais do que bem resolvida”, disse.

Apesar de não ter composto a música, a filha de Gilberto Gil garantiu que a letra tem a sua cara. “É a música de um amigo baiano, o Alex Góes. Eu escutei essa música uma vez no disco dele há muito tempo e quando eu estava buscando repertório pro meu álbum eu escutei novamente, vi que era a minha cara e fiquei com muita vontade de gravar. Ele [Alex] me falou que a música foi feita para mim, só que a gente nem se conhecia. É uma música muito forte. Ela vem para dar um tapa na cara da sociedade, falando dessa ditadura imposta para o ser humano de um modo geral.” 

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