IMA| Mancha de óleo não apresenta risco para ambientes sensíveis

Vazamento de 200 litros de óleo hidráulico do navio da Petrobras em Coruripe

03/05/2012 13:07

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Thayanne Magalhães

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O Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou que o risco maior do vazamento d0s 200 litros de óleo do sistema hidráulico na plataforma Paru, em Coruripe, seria a chegada do material na costa, podendo atingir ambientes sensíveis como mangues, corais e praias. “Realizamos um sobrevôo com o helicóptero do Bope na linha da costa de Coruripe, e não visualizamos nenhuma aproximação do óleo nesses ambientes”, afirmou o diretor técnico do órgão, Ricardo César, em entrevista ao Primeira Edição.

O diretor explicou ainda que um navio enviado pela Petrobras foi deslocado da Bahia até a plataforma de exploração de gás natural, localizada a cerca de 14 quilômetros da costa de Coruripe, e deve conter o vazamento. “Também enviamos dois técnicos no IMA, que já embarcaram e devem fazer um levantamento fotográfico e visual, para então decidirmos quais procedências serão tomadas. Acreditamos que nas próximas horas a mancha será contida, caso não seja, continuaremos monitorando”.

De acordo com documentos oficiais da Petrobras, o vazamento foi detectado na madrugada desta quinta-feira (3) e já estaria controlado. Além disso, também está sendo realizada a aplicação um detergente que quebra as moléculas de hidrocarboneto e desfaz a mancha de óleo no mar.

Indagado sobre a relação da exploração de combustíveis fósseis estar relacionada com episódios recentes, como o aparecimento de mamíferos aquáticos e tartarugas que têm encalhado ou aparecido mortos no litoral de Alagoas, Ricardo César foi enfático. “Não tem nada a ver”, afirma.

Especialistas na área acreditam que a procura por poços de petróleo em alto mar e o uso de artifícios como canhões de som, por exemplo, para analisar a existência de combustíveis fósseis, podem acarretar um desequilíbrio ambiental. Não é possível afirmar a relação do vazamento desta quinta com este tipo de atividade, mas é notório o quanto este tipo de exploração interfere na vida dos animais marítimos.
 

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