Quebra de 1912 é tema da revista Graciliano

Editada pela Imprensa Oficial, edição nº 13 estará nas bancas no dia 4

27/04/2012 09:06

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Ascom/Imprensa Oficial

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Em fevereiro deste ano, o Quebra de Xangô, episódio que marca o ápice da violência civil contra as religiões de matriz africana em Alagoas, completou 100 anos. Com o intuito de repensar o fato e seus desdobramentos para a cultura local, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos, integrante do Sistema Seplande, lança a nova edição da revista Graciliano, totalmente voltada para o tema e para a cultura negra. A revista estará nas bancas no dia 4.

A publicação traz uma entrevista com o antropólogo, professor e pesquisador Ulisses Neves, autor de uma tese de doutorado sobre o episódio. Uma reportagem especial da jornalista Vitória Alcântara lança nova luz sobre o Quebra, investigando as verdadeiras razões do evento ocorrido em 1912 e que envolve o ex-governador Euclides Malta e seus opositores.

Além do tema principal, a revista aborda também outros aspectos da cultura negra em Alagoas como a religião, a música e a culinária. Ilustrações de orixás e entidades do designer Weber Bagetti acompanham matéria sobre as duas principais religiões afro-brasileiras em Alagoas: candomblé e umbanda. A fotógrafa Larissa Fontes assina o ensaio visual com imagens dos cultos e festas nos terreiros. Além disso, o culto islâmico de negros em Penedo – conhecidos como malês – é tema de reportagem do jornalista Rafhael Barbosa. A revista traz ainda reportagem de Acássia Deliê sobre uma pesquisa de mapeamento dos terreiros em Maceió e matéria que trata da importância das ervas para os cultos afro.

Na seção Documenta, a edição traz reproduções de matérias do Jornal de Alagoas, publicadas em 1912, que demonstram como a intolerância religiosa e o preconceito racial eram disseminados através da imprensa.

A Graciliano traz ainda reportagem sobre a Coleção Perseverança, do museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), e dois artigos: o primeiro, assinado por Caroline Gusmão, aborda a obra do artista alagoano José Zumba. O outro, do antropólogo Raul Lody, explica a influência da culinária africana no Brasil e sua relação com as religiões.

Primeira Edição © 2011