Infarto mata cantor Dicró aos 66 anos no Rio

Cantor morreu na noite desta quarta-feira (25), no Hospital de Magé, no Rio de Janeiro

26/04/2012 09:42

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Diário Democrático

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Vítima de um infarto, morreu no fim da noite desta quarta-feira (25), aos 66 anos, o cantor e compositor Dicró.

O artista era diabético e, segundo familiares, tinha voltado de uma sessão de hemodiálise para casa, em Mauá (Magé), onde começou a passar mal. Sofreu um infarto e morreu num hospital em Magé, por volta das 23h.

Carlos Roberto de Oliveira nasceu em Mesquita - Baixada Fluminense- em 14 de fevereiro de 1946 e ganhou notoriedade com a criação de sambas satíricos. Ao lado de Moreira da Silva, Osmar do Breque, Germano Mathias e Bezerra da Silva, é considerado um dos principais sambistas da linha humorística. Entre suas letras bem-humoradas, destacam-se aquelas em que ele falava mal da própria sogra.

Filho de uma mãe de santo, Dicró cresceu na favela do bairro de Jacutinga, em Mesquita. Desde cedo frequentava as rodas de samba organizadas por sua mãe em seu próprio terreiro. Eventualmente tornou-se compositor, integrando a ala da Beija-Flor de Nilópolis e da Grande Rio, em Caxias. É dessa época o surgimento do apelido Dicró. De acordo com o poeta Sérgio Fonseca, os sambas da autoria de Carlos Roberto eram impressos com as iniciais de seu nome, "CRO". Com o tempo, a pronúncia e os erros tipográficos, o "De CRO" mudou para "Di CRO", para no fim se tornar "DICRÓ". Em 1991, estreou como dramaturgo com o texto "O dia em que eu morri".

Durante o governo de Anthony Garotinho no Rio de Janeiro, foi um dos principais incentivadores da criação do Piscinão de Ramos. Compôs diversas músicas para o projeto, passando a ser considerado "Prefeito do Piscinão". Manteve um trailer no local, que se tornou ponto de encontro de sambistas e grupos de pagode. No começo de 2010, assinou contrato com a Rede Globo para apresentar um quadro no programa Fantástico. Portador de diabetes, passou a enfrentar na mesma época sérios problemas de saúde.

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