O governador Teotonio Vilela Filho recebeu, nesta quarta-feira (25), representantes do movimento grevista e a reitora Rosângela Wyszomirska, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), para discutir as reivindicações de professores e estudantes da universidade.
Teotonio defendeu a participação do Governo nas questões da Uncisal por meio do diálogo. “É muito importante que nos entendamos para que os problemas sejam resolvidos e assim, os estudantes tenham melhores condições de ensino, os professores possam trabalhar melhor e com isso, a população obtenha frutos”, disse o governador.

Sobre o concurso público da Uncisal, o chefe do Executivo alagoano explicou que, embora este ano a segurança pública seja a prioridade do Estado – tendo em vista a necessidade de aumentar o efetivo das policias para combater a violência e reduzir os homicídios em Alagoas –, o concurso para a universidade já faz parte da lista de prioridades dessa gestão, garantindo sua realização para o primeiro semestre de 2013.

Teotonio Vilela atendeu a solicitação da cessão de um terreno, próximo à Uncisal, para a construção da Residência Universitária. Segundo a comissão, o terreno pertence ao Estado. O governador se comprometeu a disponibilizar a área para a comunidade estudantil. “Se não houver nenhum impedimento legal, o terreno já é da universidade”, ressaltou. “Pra nós, essa aquisição é um passo muito grande”, disse Rafael Costa, estudante de medicina.

Sobre o Restaurante Escola, a comissão pediu atenção política do Governo para desburocratizar a execução do projeto, que já foi aprovado e já tem recursos garantidos. “Está na fase de finalização para que seja feita a licitação por parte da Secretaria de Estado da Saúde”, explicou a reitora Rosângela Wyszomirska.

De acordo com a comissão, o principal problema é a contratação de serviços para a obra. O governador determinou que a Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp) faça um projeto por prazo determinado para a contratação de profissionais pela Serveal.
Ainda no encontro, o governador tratou sobre as Bolsas de Pesquisa e assegurou que já foram autorizadas pela Fundação de Pesquisa de Alagoas (Fapeal), assim como as Bolsas de Assistência aos Alunos, que darão suporte à continuidade dos estudos de jovens com renda familiar baixa por meio de remuneração correspondente a meio salário vigente. O governador comunicou que os recursos terão origem no Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep). “Vamos apenas formalizar a demanda, mas já está autorizado”, reforçou Teotonio.

Sobre a equiparação com os salários dos professores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), também na pauta de reivindicações, o governador assegurou que o projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) ainda nesta quinta-feira (26). Com relação ao retroativo de 2008, o governador pediu mais tempo para analisar. “Precisamos fazer nossas contas sobre isso e encontrar a melhor forma de pagar os retroativos”, argumentou Teotonio Vilela.

No que diz respeito às melhorias do Hospital Escola, o governador comunicou que o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, tratará dessa questão diretamente com a reitora, para que sejam detalhadas todas as necessidades. “Se precisarmos da ajuda do Governo Federal, vamos em frente; precisamos descobrir o jeito mais fácil e possível de atender a essa demanda, que é essencial para os alunos”, defendeu Teotonio.

Ao finalizar a reunião, o governador enfatizou que quer aprimorar a relação entre o Governo e as universidades, para o bem-estar social. Ele também destacou a necessidade de diálogo e do fim da greve. “O trabalho da Uncisal resulta em bons frutos para o povo alagoano. Queremos discutir mais questões sobre todas as demandas porque nossa ideia é ampliar essas ações com a Uncisal, assim como com a Uneal e a Ufal, instituições que contribuem imensamente para o crescimento desse Estado”, disse.

Célio Fernandes, membro da Associação dos Docentes da Uncisal, agradeceu a atenção do governador às questões da universidade. “Era exatamente isso que queríamos – que todas essas demandas fossem oficializadas”, afirmou.