Na contramão do exterior, Bovespa cai pelo terceiro dia

Assim, o Ibovespa encerrou com queda de 0,72%, aos 61,293,14 pontos

11/04/2012 15:45

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Agência Estado

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A Bovespa até que tentou acompanhar seus pares no exterior, mas na segunda etapa dos negócios não resistiu e voltou para o terreno negativo, onde se mantém pelo terceiro pregão seguido. A menos de uma hora do fechamento, a Bolsa engatou um movimento de renovação de mínimas.

Assim, o Ibovespa encerrou com queda de 0,72%, aos 61,293,14 pontos. Na mínima, o índice atingiu 61.291 pontos (-0,72%) e, na máxima, 62.356 pontos (1,00%). O giro financeiro ficou em R$ 7,129 bilhões. No mês, a Bolsa ampliou as perdas para 4,99% mas, no ano, ainda sustenta um ganho de 8,00%.

Segundos profissionais consultados, não houve algo específico que justificasse a mudança de direção e as mínimas no fim do pregão. Um operador destacou a forte queda de ações do setor de construção, varejo, Oi e a desaceleração da alta das ações da Vale. "Se tem alguma coisa acontecendo, nós estamos perdendo", disse a fonte.

PDG ON, Oi ON e JBS ON foram destaques de quedas do índice, -5,27%, -3,98% e -5,10%, respectivamente. Usiminas ON liderou as perdas (-7,42%).

Um outro profissional acredita que o movimento desta quarta-feira é apenas falta de interesse do investidor externo. "Faltou comprador, o gringo continua na venda. Agora, motivo para justificar isso, não tem", disse o operador de uma grande corretora paulista.

As ações da Vale reduziram os ganhos registrados durante a sessão. O papel ON fechou estável, e o PNA subiu apenas 0,07%. Os contratos futuros dos metais básicos fecharam em alta hoje na London Metal Exchange (LME), após a pressão de venda observada na sessão anterior diminuir e também ajudados pela queda do dólar e pela caça a pechinchas.

Já Petrobrás acompanhou o preço da commodity no mercado internacional e a ação ON avançou 0,86% e a PN subiu 0,76%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em maio encerrou com valorização de 1,66%, a US$ 102,70 por barril.

A Espanha e a Itália, que estão no foco das atenções, hoje tiveram seus bônus negociados com taxas mais baixas e isso ajudou as bolsas a se manterem em alta. O balanço da Alcoa, nos EUA, acima do esperado, também contribuiu para a melhora externa. No entanto, por aqui, os motivos não foram suficientes para segurar a Bolsa em alta durante todo o pregão. Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com ganho de 0,70%, o S&P 500 subiu 0,74% e o Nasdaq, +0,84%.
 

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