Choro e abatimento marcam lesão de Wesley: 'Por que aconteceu comigo?'

Relato do vice-presidente Roberto Frizzo revela apreensão do jogador com problema no joelho. Querido no elenco, meio-campista recebe apoio total

10/04/2012 09:07

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Globo Esporte

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Há duas semanas, o meio-campista Wesley era só sorrisos em sua apresentação como reforço do Palmeiras para a temporada. Nesta segunda-feira, porém, o riso fácil deu lugar ao choro e à apreensão. O rompimento no ligamento cruzado anterior do joelho direito vai deixar o jogador de seis a oito meses longe dos gramados – o retorno só deve ocorrer em 2013.

Querido no elenco palmeirense, mesmo com tão pouco tempo de convivência, Wesley recebeu dezenas de manifestações de apoio de dirigentes e companheiros de time.

O meio-campista não conseguiu conter o choro ao saber do resultado da ressonância magnética realizada nesta segunda-feira. Mas já depois do jogo contra o Guarani, neste domingo, quando Wesley se lesionou, o clima nos vestiários era de comoção com o problema do jogador. O médico Vinícius Martins, que acompanhou a delegação neste jogo, revelou o abatimento do elenco.

– Todo mundo ficou muito chateado, claro. E a preocupação já era grande naquele momento, os companheiros dando um apoio ao Wesley. Sabíamos que poderia ser algo grave. O próprio Wesley já sabia, reclamou muito das dores. Depois da confirmação (da lesão), todo mundo ficou muito triste. Mas vamos trabalhar para que ele volte bem e no menor prazo possível – disse o médico.

Pouco depois dos exames, o vice-presidente Roberto Frizzo conversou com Wesley e sentiu a apreensão do jogador com a gravidade de seu problema.

– Ele repetia: “Por que tinha de acontecer comigo?”. É um ótimo menino, ficou muito abalado com essa lesão, mas foi uma fatalidade. É do futebol... Nosso papel é cuidar dele e fazer com que se recupere rapidamente. Ele está muito bem entrosado com o grupo, sempre sorrindo, brincando. Até por isso o grupo todo está comovido – explicou Frizzo.

O vice-presidente bancou o psicólogo na conversa com o meio-campista. Tanto que, ao final do papo, Wesley já se mostrava mais tranquilo e confiante em sua recuperação.

– Ele disse que, se precisasse, faria tratamento até na madrugada. O Wesley vai voltar, e vai voltar muito forte. Senti isso nas palavras dele – completou Roberto Frizzo.

A chegada de Wesley demandou grande esforço da diretoria do Palmeiras, que chegou a pedir a ajuda de torcedores com doações para o pagamento de R$ 21 milhões pelo sistema MOP (My Own Player) – parte do valor iria para o próprio MOP. Sem a arrecadação desejada, porém, o clube conseguiu um investidor para ajudar a pagar os cerca de R$ 19 milhões relativos à transferência do Werder Bremen-ALE, incluindo taxas e impostos. Wesley fez apenas quatro jogos com a camisa alviverde.
 

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