Neymar e Leandro Damião duelam no Beira-Rio

Amigos, atacantes de Inter e Santos são os artilheiros de suas equipes e grandes esperanças no ataque da Seleção na próxima Copa do Mundo

04/04/2012 15:30

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Um é mais alto (1,87m), discreto, técnico e matador. O outro é mais extrovertido, carismático, ousado e habilidoso, mas não deixa também de ser artilheiro. Tais diferenças não distanciam Leandro Damião, do Internacional, e Neymar, do Santos. Pelo contrário. Com personalidades e estilos complementares, os dois são amigos e têm em comum algo fundamental para a torcida brasileira: formam a dupla mais cotada no momento para atuar no ataque da Seleção na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Mesmo com a amizade e a sintonia vestindo a Amarelinha, tudo isso ficará fora do campo quando Sandro Meira Ricci apitar o início de Colorado e Peixe, nesta quarta-feira, às 21h50m, no Beira-Rio, pelo Grupo 1 da Libertadores, com transmissão da Rede Globo para SP, RS, MG (menos Juiz de Fora), PR (menos Curitiba), MT e MS - o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.

– Ele é um craque, excelente pessoa e amigo, mas dentro de campo tenho de dar um pouco de trabalho para ele. Será ótimo para a partida. Espero que ele não possa jogar nada (risos), e que nós possamos vencer – brinca Neymar.

Se der o mesmo trabalho que deu na partida de ida, quando balançou as redes três vezes e deu show na Vila Belmiro, o craque do Santos vencerá o duelo individual. Na derrota por 3 a 1 diante do Peixe, Leandro Damião chegou a marcar um gol, mas foi ofuscado completamente pelo amigo.

Apesar disso, o camisa 9 do Internacional tem média de gols mais eficiente na carreira. A diferença é pequena, mas vantajosa para o colorado: 0,60 contra 0,56 de Neymar.

Neymar tem 20 anos - é dois mais novo que Leandro Damião. Mas está prestes a completar 200 jogos como profissional, enquanto Damião tem 109 partidas na carreira. Além disso, Neymar também tem mais títulos (seis contra três) e prêmios individuais (oito contra quatro) do que o matador do Inter.

– A gente brinca, independentemente de que time esteja. A amizade fora de campo é normal, mas não tem essa de querer colocar tudo para o jogo. Não pode ter amizade na partida. Nós dependemos da vitória e temos de buscá-la – afirmou Damião.

Tais diferenças podem ser explicadas pelas origens dos dois rivais desta quarta-feira. Enquanto Neymar foi tratado como joia desde adolescente e era visto como sucessor de Robinho com 12 anos, idade em que começou no Alvinegro, Damião estava longe dos clubes grandes. Seu começo na várzea de São Paulo foi improvável para um profissional nos dias de hoje, mas importante para sua evolução como jogador.

As diferenças entre Damião e Neymar, portanto, são enormes. Mas as características de ambos parecem se casar para uma possível dupla da Seleção Brasileira em 2014. E é neles que Internacional e Santos apostam para avançar na Libertadores.

Primeira Edição © 2011