Começa a primeira audiência do caso do navio Costa Concordia

03/03/2012 08:12

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Terra

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A primeira audiência prévia ao julgamento pelo naufrágio do cruzeiro Costa Concordia, durante a qual será aberta oficialmente a caixa preta da embarcação, teve início neste sábado, em Grosseto, no centro da Itália, ante uma centena de advogados, cientistas e sobreviventes da tragédia de 13 de janeiro passado. O teatro de Grosseto foi requisitado para acolher todos os participantes e a cidade de Toscana, da qual depende a pequena ilha de Giglio, foi invadida pelos meios de comunicação do mundo todo.

O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, protagonista da catástrofe que deixou 32 mortos, não estará presente na audiência. Segundo seu advogado, Schettino - apelidado "capitão covarde" - teme por sua segurança. Uma sobrevivente presente, Francesca Bertaglia, não escondia sua revolta em relação ao capitão. "É um imbecil, e também um criminoso".

No total, nove empregados da companhia Costa estão indiciados por homicídio por imprudência, naufrágio e falta de comunicação com as autoridades marítimas. O capitão também é acusado de ter abandonado seu navio durante a evacuação dos passsageiros.

Naufrágio do Costa Concordia

O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até sábado, dia 28, 17 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca, mas apenas na parte da embarcação que não está submersa. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

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