Sucessão presidencial: Senador Renan propõe pesquisa para MDB se definir

Renan Calheiros prefere aliança e afirma que partido não pode repetir fracasso eleitoral de 2018, quando perdeu deputados e senadores

14/04/2022 15:07

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Resistente com o lançamento da pré-candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet pelo MDB, o senador Renan Calheiros avalia que o partido seguirá o rumo tomado em 2018 quando o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles foi lançado ao Planalto. Na ocasião, ele recebeu 1,2% dos votos no primeiro turno.

“Não podemos repetir o cenário de Meirelles. Em 2018, nós fomos obrigados a pagar um preço inacreditável. A redução da bancada na Câmara para praticamente metade. E a do Senado também. O MDB não pode repetir o que aconteceu com o Meirelles, será muito ruim para o partido”, disse ao Congresso em Foco.

Nas últimas eleições, o MDB foi um dos principais partidos a perder deputados. A sigla reduziu quase pela metade a bancada na Câmara: foi de 66 para 34 deputados.

Para Calheiros, o importante para o partido, no momento, seria uma avaliação nas pesquisas eleitorais de intenções de voto para a emedebista. Segundo ele, caso não houvesse crescimento considerável, o partido deveria abrir mão de um nome próprio.

 “Eu acho que é importante estabelecer um prazo, por exemplo, até a primeira quinzena de maio para ver se haverá uma mudança na fotografia das pesquisas [eleitorais]. Se houver mexida, ótimo. Caso contrário, eu defendo que o partido não tenha candidato e vou levar essa posição para convenção partidária”, explicou.

O senador também avalia que Tebet não possui o apoio necessário nos estados. Para ele, o partido sem candidato facilitaria as alianças estaduais. “Eu sempre defendi que se o MDB tiver uma candidatura competitiva com condições de alavancar os palanques estaduais, será muito bom para o partido. Sem candidato isso pode facilitar as alianças nos estados”, disse.

Sobre a possibilidade de uma nova via, o senador ressaltou que não há espaço: “Nenhum nome teria força de barrar essa  polarização. Não há espaço para crescimento de qualquer nome da terceira via. Ela só é viável com a queda do Lula ou com a queda do Bolsonaro”, disse.

 

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