Allan Aal admite momento de turbulência no CRB

10/02/2022 16:33

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GE

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O CRB não conseguiu superar o Campinense e ficou apenas no empate, por 1 a 1, nesta quarta-feira. O resultado em Campina Grande aumentou a pressão em cima do técnico Allan Aal, que agora vê o cargo ameaçado na semana que antecede mais um clássico contra o CSA.

Existe a possibilidade do técnico sair nesta quinta, e o ge apurou, inclusive, que tem um clube interessado nele: o Novorizontino. A diretoria do CRB ainda não se pronuciou sobre o assunto.

Perguntado na coletiva se continua no cargo, o treinador respondeu assim:

- É uma pergunta que talvez tinha que ser feita para a diretoria. Mas eu continuo sendo confiante no meu trabalho. É óbvio que, quando os resultados não aparecem, mesmo em um curto espaço de tempo, a responsabilidade maior é do treinador. E tem que ser assim, tem que ser dessa maneira porque você tira a confiança dos atletas, né? Você como um treinador, como um líder, transferir responsabilidade nesse momento é uma coisa que fugiria daquilo que eu acredito no futebol e, principalmente, fugiria da minha personalidade - comentou Allan, e prosseguiu:

- Eu sou o responsável, eu sou o que tem que ser cobrado mesmo, eu sou o cara que, se eu sentir que o problema sou eu, eu sou o primeiro a expor isso, até pelo carinho que eu tenho e respeito com a diretoria, com a presidência e, principalmente, com a torcida. Essa é a primeira coisa que eu analiso sempre, mas sei que (o time) tem margem pra evoluir mesmo em pouco espaço de tempo e vamos continuar trabalhando. No futebol, ninguém tá protegido, nem eu, nem a diretoria, nem ninguém, porque a cobrança é normal, ainda mais em uma equipe grande como o CRB, que tem uma expectativa grande pra esse ano também. Então isso aí (se continua no cargo) a gente deixa o tempo responder.

Allan assumiu a responsabilidade pelo começo de temporada abaixo do esperado, mas apontou fatores que atrapalharam o desempenho do time nas primeiras partidas. O surto de Covid no clube foi o principal deles.

- A responsabilidade sempre vai ser minha, a cobrança vai ser em cima de mim, e a gente tem que ter essa percepção de sentir que isso não pode interferir dentro de campo. Principalmente, esse aspecto emocional tem que ser cada vez mais fortalecido e o desempenho nosso, ao lado de outras vertentes, vai chegar ao nível que se espera. A gente está aquém daquilo que se espera.

Sobre a atuação do CRB nesta quarta, em Campina Grande, Allan disse que o time começou o jogo melhor, mas pecou em detalhes.

- Acho que a gente fez um primeiro tempo onde poderia ter aberto o placar, foi uma equipe mais equilibrada e com mais poder ofensivo. Tomou algumas decisões erradas e depois do gol de bola parada voltou todo aquele peso, aquela responsabilidade, ansiedade que atrapalha muitas vezes. E aí a gente fez o gol de empate, voltou para o segundo tempo, mas não com a mesma dinâmica do primeiro, mas não vejo como uma das piores partidas (da temporada). No primeiro tempo, eu tiro mais coisas positivas do que negativas - avaliou Allan, e emendou:

- Eu acho que o nosso time teve um controle de jogo muito grande, de construção, criação de jogadas, mas se acomodou com isso e não agrediu mais na finalização. A gente teve algumas oportunidades ali de definir algumas jogadas, de ter um pouquinho mais de ambição de fazer gol, e isso acaba pesando. Não adianta começar uma jogada construída desde o goleiro e não definir em gol. Teve alguns momentos de preciosismo, em que poderia definir com um pouquinho mais de clareza, mas é uma mudança de se jogar, mudança com alguns atletas, e eu acredito que, principalmente no primeiro tempo, essa mudança foi positiva e surtiu efeito.

Com o empate, o CRB chegou a quatro pontos e ficou na terceira colocação do Grupo B da Copa do Nordeste, com um jogo a menos.

A equipe volta a campo no próximo domingo, às 18h30, quando encara o CSA, pela quarta rodada do Nordestão. O jogo no Rei Pelé terá mando de campo regatiano.

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