Favoritismo na Libertadores expõe superioridade do futebol brasileiro na América do Sul

30/08/2021 17:01

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Assessoria de Comunicação

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As semifinais da Copa Libertadores vão contar com três clubes brasileiros – não por acaso, são eles o atual campeão do torneio sul-americano, o atual campeão do Brasil e o atual primeiro colocado na tabela do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras disputa uma vaga na final com o Atlético-MG no dia 21, no Allianz Parque, e o Flamengo joga contra o Barcelona de Guayaquil no dia seguinte, no estádio Mané Garrincha.

Com esse desenho, está assegurado que a final terá, pelo menos, um clube brasileiro. Tendo em conta a grande superioridade do Flamengo com relação ao Barcelona equatoriano, é possível afirmar que, provavelmente, a final da Libertadores 2021 será entre dois times do Brasil. Aproveite o Betfair código promocional para conferir quem são os favoritos na reta decisiva do torneio.

Até hoje, houve apenas três decisões de Libertadores com dois clubes brasileiros. A primeira foi em 2005, com vitória do São Paulo sobre o Athletico-PR. No ano seguinte, o Internacional bateu o São Paulo. A terceira foi a final de 2020, na qual o Palmeiras derrotou o Santos por 1 a 0. A sequência de dois anos seguidos pode ser repetida agora.

Além disso, as taças das suas últimas edições do torneio sul-americano ficaram com clubes brasileiros. Antes da final Palmeiras x Santos de 2020, o Flamengo foi campeão na decisão de 2019 contra o River Plate. Em 2018, a final foi entre dois times argentinos, mas o terceiro e o quarto colocado foram do Brasil. Em 2017, foi o Grêmio que ergueu a taça da Libertadores contra o Lanús.

Das dez edições mais recentes da Libertadores, seis foram vencidas por clubes brasileiros. A Argentina ficou com três, dois deles com o River Plate, e a Colômbia com um.

Domínio brasileiro na Libertadores

Esse histórico recente indica um significativo domínio brasileiro no torneio de clubes mais importante da Conmebol. Ao compararmos o valor de mercado atual do Brasileirão com as demais ligas nacionais sul-americanas, não é surpreendente que o futebol do Brasil seja aquele que mais se destaca na Libertadores.

Segundo o site Transfermarkt, o Brasileirão vale hoje € 1,03 bilhão, à frente da liga argentina, cujo valor está em € 911 milhões. As próximas colocadas no ranking estão bem distantes: Colômbia (€ 487 milhões), Chile (€ 160), Equador (€ 160) e Uruguai (€ 136). É uma situação parecida com a da Premier League inglesa na Europa.

A superioridade do Brasil transparece também no valor das transferências que envolvem o futebol nacional. A compra de Gabriel Barbosa pelo Flamengo em 2019, uma das mais significativas aquisições dos últimos anos na América do Sul, custou € 17,45 milhões.

Já o atacante Pedro, comprado também pelo Flamengo em dezembro de 2020 custou € 14 milhões. Para chegar a esse valor, seria necessário somar as quatro maiores aquisições do futebol argentino dos últimos dez anos.

As compras de jogadores brasileiros por clubes europeus também atingiram, constantemente, cifras altíssimas nos últimos anos – como Neymar pelo Barcelona (€ 88 milhões), Vinícius Júnior pelo Real Madrid (€ 45 milhões) e Lucas Paquetá pelo Milan (€ 38 milhões).

Além disso, o futebol brasileiro vende os seus melhores jogadores diretamente aos maiores clubes europeus, como Paris Saint-Germain, Barcelona, Real Madrid e Manchester City. Para a Argentina, é raro que seus jogadores ganhem destaque internacional atuando no país. Nos demais países sul-americanos, isso é ainda mais difícil.

O que explica a superioridade do futebol brasileiro na América do Sul é o poder de arrecadação dos clubes com patrocínios e contratos de televisão – o que é uma consequência do tamanho da população do país, equivalente a todo o resto da região sul-americana. Mais habitantes implicam em um PIB e um mercado consumidor maiores, mais renda para as empresas que patrocinam as equipes, mais telespectadores para as emissoras de TV e, portanto, repasses maiores aos clubes.

Uma matéria da Agência France-Presse publicada em abril, porém, alerta sobre a queda na renda dos clubes brasileiros em decorrência da pandemia da covid-19. Os jogos sem torcida abalaram as finanças dos times, alguns dos quais já estavam com dívidas temerárias. Enquanto as contas não voltarem aos eixos, a superioridade brasileira corre o risco de ir por água abaixo.

Primeira Edição © 2011