O CSA voltou a vencer na Copa do Nordeste. Nesta terça, o Azulão bateu o Bahia por 2 a 0, chegou a nove pontos e assumiu, momentaneamente, a liderança do Grupo B do Nordestão.

Após a partida no Rei Pelé, o técnico Mozart comentou a atuação azulina e valorizou a vitória contra um adversário qualificado.

- Estou bem satisfeito com o desempenho e obviamente com o resultado, mas o nosso desempenho em outros jogos, caso do Treze, foi tão bom quanto hoje. A diferença é que hoje ganhamos e naquele jogo empatamos. Eu, como treinador, tenho que ter um equilíbrio grande para analisar, até entendo a cobrança externa - disse, falando sobre a importância da vitória.

- É óbvio que o adversário hoje é um adversário de primeira linha, de Série A, um dos grandes do Nordeste, isso tem uma representatividade grande, mas os jogadores estão de parabéns por aquilo que desempenharam nos dois tempos e construíram uma grande vitória.

O treinador também comentou as mudanças táticas que fez para o confronto no Rei Pelé.

- Nós temos um elenco bem reduzido e treinamos de forma igual todos os jogadores. No Brasil, culturalmente, existe a definição de um time titular, e eu trabalho um pouco diferente disso. Como as informações são iguais para todos, a gente tenta trocar as peças. Era necessária a troca, principalmente, pela questão física, e graças a Deus conseguimos manter o padrão.

 

Confira outros trechos da coletiva

 

Sistema de jogo

- Em termos de sistema, foi muito parecido com o jogo do Santa Cruz. A diferença é que no jogo lá nós jogamos com dois centroavantes, mas um dos centroavantes era sempre o terceiro homem do meio, algo parecido com o que o ocorreu hoje. E hoje conseguimos um bom desempenho, tivemos dois tempos bem homogêneos, conseguimos o equilíbrio, e saio muito satisfeito pelo desempenho da equipe como um todo.

Bom momento na temporada

- [Deve-se] A capacidade técnica do jogadores, a entrega deles, é difícil você criar um espírito em tão pouco tempo. Esses jogadores têm espírito, é o nosso trabalho diário.

 

"Mas temos que dar ênfase aos jogadores porque eles são os protagonistas do esporte".

 

Marco Túlio

- É um momento difícil pra ele (perda de familiares) e para o mundo inteiro. Eu tive, no ano passado, o episódio da minha sogra e do meu cunhado, de ficarem quase 60 dias internados, e realmente não é fácil. Graças a Deus, eles se recuperaram, a gente pede a Deus que isso acabe o mais rápido possível.

- E com relação ao Marco, ele tem uma postura extremamente profissional, principalmente num episódio como esse que não é fácil de superar.

Trabalho pós-perda da bola

- O Bahia tem uma saída de bola diferente da grande maioria dos times. Ele sai num 3-4-3, não é tão simples de marcar, nós tentamos igualar a saída deles, apostamos que o Marco ia conseguir saída forte no Lucas Fonseca, o Vitor Costa conseguir igualar em cima do Nino e nós tivemos êxito muito pela postura e atitude dos jogadores. Graças a Deus, fomos eficientes nesse sentido e eles foram recompensados com a vitória.

Evolução nos últimos jogos

- Eu encaro a evolução de maneira natural, a mudança no nosso elenco foi de, aproximadamente, 50%. É mudança grande, nós temos um jeito de jogar que demanda um pouco de tempo, eu sei que muitas vezes os torcedores e vocês da imprensa não têm tanta paciência assim, mas eu tenho muita convicção no meu trabalho e principalmente na capacidade dos meus jogadores. Então a evolução seria natural. Graças a Deus, ela veio num momento importante da competição, nós precisávamos das vitórias e a tendência é continuarmos evoluindo.

Clássico contra o ASA

- É um jogo duro, o ASA em casa é um adversário duro, eu não sei como estão as condições do gramado, tenho que entender também como estão as condições dos meus jogadores... Então temos três dias pela frente para escolher a melhor equipe para competir bem contra o ASA, porque será um jogo duro no sábado.

O CSA volta a campo no próximo sábado, quando encara o ASA, às 17h, pela quinta rodada do Campeonato Alagoano. O jogo será disputado no Municipal de Arapiraca.