É hora de trabalhar, pois os problemas são muitos

07/12/2020 10:17

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Romero Vieira Belo

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O prefeito eleito JHC pisou no acelerador e, rapidinho, fechou o ciclo de comemorações à vitória no segundo turno e começou a trabalhar. Já na terça-feira (1º) com equipe de transição formada, reuniu-se com Rui Palmeira dando início à coleta de informações sobre a situação do Município, no geral, e os compromissos da Prefeitura, em particular. Conhecer a estrutura orgânica da Municipalidade, os contratos, o orçamento para o novo ano, as pendências e, claro, a relação entre receita e despesa, confere ao futuro gestor o domínio de uma realidade que, durante a campanha eleitoral, se mantém distante e pouco visível.

A transição é um passo vital porque disponibiliza informações que permitem ao prefeito eleito e sua equipe planejar ações em consonância com as carências e disponibilidades do Município. No passado não existia transição. Os prefeitos eram eleitos em novembro e, sem contato efetivo com administração, ficam aguardando para assumir em 1º de março. Daí porque passavam ao menos seis meses (uma espécie de prazo consensual) fazendo o que ficou conhecido como ‘arrumação da casa’. Perdia-se um semestre inteiro escavando informações que, hoje, emergem transparentes poucos dias após a manifestação das urnas.

JHC assumirá em 1º de janeiro voltando suas atenções, em especial, para a progressão da folha salarial do funcionalismo, uma despesa inevitável que cresce, sempre, à frente da receita e, portanto, da capacidade de pagamento do município. Trata-se de um desafio que tende a se dimensionar com a cobrança, por parte dos servidores, de defasagens salariais adormecidas.

Por causa da pandemia, o governo federal abasteceu os municípios, sobretudo, as capitais, com recursos extras em 2020. E a boa notícia, para os novos gestores, é que o socorro financeiro emergencial não foi todo repassado para as Prefeituras. Rui usou parte desses recursos para pagamento de aposentadorias e pensões. A má notícia é que a conta não fecha nunca: o que se tem a arrecadar não cobre nunca o que se tem a gastar.

 

Primeira Edição © 2011