'Robô' deve agilizar exames de DNA

Aquisição está voltada ao Instituto de Criminalística

24/09/2020 17:50

A- A+

Agência Alagoas

compartilhar:

O Instituto de Criminalística de Alagoas está ampliando a capacidade do seu Laboratório de Genética para a realização de Exames de DNA. A medida está sendo adotada após a aquisição de um robô que acelera e otimiza a extração e purificação do material genético de amostras forenses relacionadas a crimes.

O equipamento - um extrator de ácidos nucleicos (DNA e RNA) usado em laboratórios para purificar o material genético de diferentes tipos de amostras -foi doado pela Secretaria Nacional da Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ). A aquisição visa atender as demandas da Rede Integrada de Banco de Perfis Genético – RIBPG.

O assessor cientifico da empresa Promega, Pedro Rodrigues, explicou que o equipamento (MaxwelL RSC Instrument) é uma plataforma de purificação de ácido nucleico compacta e automatizada. Durante três dias, ele realizou um treinamento com toda a equipe de peritos criminais que atuam diariamente no Laboratório de Genética do IC alagoano.

Segundo Rodrigues, o robô consegue processar até 16 amostras simultaneamente, permitindo uma extração consistente e confiável de DNA ou RNA em até 25 minutos. Outra vantagem do equipamento é sua interface gráfica, que o torna um instrumento de fácil uso e permite coletar os dados de purificação em um relatório para a análise do perito criminal.

“Os peritos realizam um pré-tratamento das amostras fora do equipamento. Depois, elas são colocadas em cartuchos, que são inseridos no robô, que faz várias purificações dessas amostras, extraindo no final do processo apenas o DNA. A partir desse resultado, o perito realiza a amplificação e a genotipagem para a comparação com materiais genéticos de suspeitos”, esclareceu Pedro Rodrigues.

Para a chefe do Laboratório de Genética Forense, perita criminal Rosana Coutinho, o robô para extração de material de amostras forenses foi uma grande aquisição para a segurança pública de Alagoas, já que o equipamento permite a extração de DNA em amostras de crimes sexuais, ossadas, tecidos de roupas e suabs de suspeitos encontrados em local de crime.

“Essa plataforma automatizada dará mais celeridade aos exames de Genética, diminuindo o tempo de resposta nas conclusões da demanda de casos enviados ao Laboratório, tornando nosso trabalho mais eficiente”, explicou Rosana Coutinho.

Primeira Edição © 2011