Tóquio registra mais de 100 casos de Covid-19 pela primeira vez em 2 meses

02/07/2020 20:27

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EFE

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A cidade de Tóquio registrou nesta quinta-feira 107 novos casos de Covid-19, ultrapassando a marca de 100 infectados diários pela primeira vez desde 2 de maio e mais de um mês após o alerta sanitário ter sido suspenso no Japão.

De 24 de junho e até ontem, os casos diários do novo coronavírus na capital japonesa permaneceram em torno de 50, enquanto a cidade recuperou gradualmente o ritmo usual após quase todas as restrições que afetavam os bares e restaurantes e lojas terem sido suspensas.

Mas os dados de hoje, fornecidos pelas autoridades da capital japonesa, representam um revés nas tentativas de Tóquio, de 14 milhões de habitantes, de retornar gradualmente à normalidade.

Segundo dados oficiais, desde o primeiro caso de Covid-19 registrado no Japão, em 16 de janeiro, houve cerca de 19 mil infectados no país, com 975 mortes, mas os níveis permaneceram constantes nas últimas semanas.

O alerta de saúde, chamado estado de emergência no Japão, foi declarado em 7 de abril e durou até 25 de maio, pois os números diários de casos foram gradualmente reduzidos e as limitações hospitalares foram superadas.

Em uma entrevista coletiva após a divulgação desses dados, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse que 70% dos casos registrados nos últimos dias correspondem a pessoas entre 20 e 39 anos e reiterou seu pedido para que jovens se preocupem extremamente com as áreas de vida noturna.

No entanto, Koike descartou a aplicação de novas medidas para restringir as atividades comerciais, como as aplicadas nas últimas semanas após o estado de emergência aprovado pelo governo de Shinzo Abe, no mês de abril.

Recentemente, porta-vozes oficiais alertaram que, se houvesse um aumento incomum no número de casos de Covid-19, a possibilidade de reordenar o estado de emergência sanitária seria considerada como um obstáculo à propagação da pandemia.

Mas após a divulgação dos dados de hoje em Tóquio, o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse que não era o momento de reordenar o alerta sanitário, observando que, entre os casos mais recentes, há apenas uma dúzia de pessoas que se encontram em estado grave.

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