EFE
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A Europa é o destino preferido da maioria dos turistas brasileiros para a primeira viagem ao exterior após a pandemia do novo coronavírus, de acordo com uma pesquisa liderada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).
Foram entrevistadas online 775 pessoas maiores de 15 anos em todo o território nacional em maio e com viagens marcadas e/ou intenção firme de viajar. Para 49,7%, o turismo dentro do Brasil é o preferencial depois da pandemia, e entre os que pretendem ir ao exterior, 32,6% escolherão a Europa.
Os Estados Unidos, que decidiram vetar a entrada de pessoas que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias para evitar a importação de casos do novo coronavírus, aparecem em segundo lugar como destino no exterior, com 6,3%, e a Ásia em terceiro, com 4,3% da preferência dos entrevistados.
O estudo mostrou que a principal motivação dos turistas é a cultural (50,6%), seguida pelas categorias sol e praia (22,3%), natureza (19,3%) e família e amigos (7,9%).
Em relação ao planejamento da viagem, 77% mostraram intenção em contratar um seguro, e apenas 32% manifestaram preferência pela compra ou consultoria de serviços em agências de viagens.
Quanto às preocupações no cenário pós-pandemia, a pesquisa apontou que a maioria dos entrevistados terá atenção com o controle de doenças endêmicas no destino turístico: 46% disseram que "concordam completamente" com essa importância, e 28,1% "concordam parcialmente". Outros 15,7% afirmaram que "não concordam, nem discordam", 7,4% "discordam parcialmente", e 2,8% "discordam completamente".
Além disso, 43,1% "concordam completamente" em relação à importância de conhecer o sistema de saúde do destino, e 34,4% "concordam parcialmente". Outros 13,9% "não concordam, nem discordam", 5,5% "discordam parcialmente", e 3,1% "discordam totalmente".
Sobre hábitos alimentares nas viagens, 51% "concordam completamente" que provarão da gastronomia local como antes, 23% "concordam parcialmente", 12,4% "não concordam, nem discordam", 11,1% "discordam parcialmente" e 2,5% "discordam totalmente".
Os entrevistados também foram questionados se pretendem manter a frequência de viagens anterior à pandemia, e 67% afirmaram que sim.
O estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa GTES: Turismo, Economia e Sustentabilidade da Universidade Estadual do Ceará (UECE) em colaboração com pesquisadores e pesquisadoras da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), Universidade da Corunha (Espanha), Universidade Estadual de Cleveland (EUA) e Universidade Península de Santa Elena (Equador).
Primeira Edição © 2011