Uma obra histórica está causando tremenda inveja...

12/10/2019 13:02

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Romero Vieira Belo

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O Hospital da Mulher é uma obra grandiosa. Uma das mais relevantes – talvez a maior em estrutura física e em investimento – já construída pelo governo estadual com recursos próprios, na história deste Estado. Quem tem boa memória sabe que, excetuando-se o Hospital Geral, que resultou de uma ‘arrumação’ na área da antiga Unidade de Emergência, nada se construiu em Alagoas, no ínfimo universo hospitalar, nos últimos 50 anos.

Portanto, o Hospital da Mulher, com um edifício majestoso e estrategicamente situado (ao lado da Maternidade Santa Mônica) oferece aos alagoanos em geral – e às mulheres, em particular – justo motivo para radiante comemoração. Por duas razões.

A primeira, porque confere à parcela mais numerosa da população o direito de usufruir de atendimento hospitalar exclusivo, com seleta equipe de médicos e enfermeiros, além de equipamentos de última geração, tudo bancado pela Fazenda Estadual.

Segundo, porque o Hospital inaugurado na manhã do último domingo, 29 de setembro, não representa o ‘ponto culminante’ do atual projeto governamental para o setor, mas o início da entrega de seis grandes centros hospitalares: três na capital (da Mulher e Metropolitano e o da Criança) e três Regionais (no Sertão, Agreste e Região Norte). Acrescente-se, pela importância e por já estar em pleno funcionamento há cerca de dois anos, o Hospital do Coraçãozinho, uma unidade própria para atendimento de crianças portadoras de cardiopatias.

Durante o evento inaugural do domingo, presente uma multidão comparável à que assistiu à inauguração do Estádio Rei Pelé, ouviu-se esta frase de uma senhora: “Uma obra magnífica, tão mais significativa, porque construída com o dinheiro de um estado pequeno e pobre. Só um louco poderia criticá-la”.

Os seis hospitais, mais o do Coraçãozinho, mostram a dinâmica da atual política financeira e o foco na saúde dos alagoanos. Mas, não só. Também, vão descentralizar o atendimento hospitalar, com perfeita regionalização, de modo a acabar de vez com a angustiosa superlotação do Hospital Geral de Maceió.

Uma obra histórica, aplaudida até pela oposição, mas com um dado que merece ser ressaltado: está matando muita gente de inveja...

 

Primeira Edição © 2011