Rumo ao descrédito total

28/01/2019 17:51

A- A+

Romero Vieira Belo

compartilhar:

A Rede Globo não está apenas ressentida com a primazia que o presidente Bolsonaro resolveu conferir a outras emissoras de TV. Preocupa, de igual modo, a organização dos irmãos Marinho a decisão já tomada pelo governo de parar com a remessa de bilhões de reais, em publicidade, para a chamada ‘grande mídia’.

Sabem, os dirigentes globais, que nos últimos cinco, seis anos a audiência de seu principal produto, o Jornal Nacional – tem se alimentado de escândalos políticos abastecidos, sobremaneira, pelo interminável fluxo de denúncias da Lava-a-Jato.

À Globo, portanto, não interessa que o novo governo represente quase 60 milhões de votos ou que, se Bolsonaro falhar, o País tomará um rumo imprevisível. Quando a Globo ‘batia’ em Lula, os petistas criam que era marcação. Aí a Globo também bateu em Dilma, em Aécio, em Renan, em Azeredo, e logo se percebeu que não havia alvos preferenciais, mas, sim, um objetivo de empresa: repercutir e ampliar denúncias para otimizar audiência.

Ocorre que, agora, a Globo volta a insistir no denuncismo, mas encontrou uma barreira intransponível: Bolsonaro se comunica pela Record e pelo SBT e, o mais ‘danoso’, não passa recibo à televisão global. Não dá entrevista nem responde a acusações. Não fala à Globo. E qualquer jornalista sabe que noticiário com uma só versão, sem o equilíbrio dos ‘dois lados’, tem tudo, menos credibilidade. O pânico da Globo com essa postura é tal que seus editores tiveram a ousadia de ‘questionar’ perguntas feitas pela reportagem da Record à Flávio Bolsonaro.

Nesse caso em especial, o que preocupa a TV dos irmãos Marinho não é a audiência de seu principal noticioso. Preocupa saber que, sem o crédito que só pode ser proporcionado pala oitiva dos ‘acusados’, toda sua cobertura expondo a família Bolsonaro como foco de denúncias soará como ‘campanha contra o governo’.

Ou seja, falta muito pouco para a notícia global passar a ter a mesma credibilidade que tem o comentário de um inimigo.

 

O PASSADO CONDENA

O grupo Globo pode até se fantasiar de instituição democrática, mas vai ser lembrado como uma organização que apoiou a ditadura e sempre esteve do lado de quem exercia o poder.

 

BOICOTE GLOBAL

Aliados do presidente Bolsonaro começam a se organizar para boicotar a Globo. Vão usar em grande escala as redes sociais, que derrotaram a ‘grande mídia’ na recente eleição presidencial.

 

A FRASE SIMPLES E A ESTUPEFAÇÃO DA MÍDIA

A situação de impunidade vigente no Brasil nos anos petistas pode ser mensurada pela reação da mídia a uma fala simples do presidente Bolsonaro. Ele disse: “Se ficar comprovado que Flávio errou, ele vai ter que pagar”. A mídia reagiu como se a frase, inusitada tratando-se de um presidente da República, fosse um  autêntico escândalo de honestidade.

 

VISÃO DOS CONTRAS

Os inimigos de Bolsonaro qualificaram de ‘vazio’ o discurso do presidente na Suíça. Já Delfim Neto, um gênio da economia, comentou com magistral isenção: “Foi um discurso fundamental”.

 

LIVRO, SEMPRE

O mestre Douglas Apratto, vice-reitor do Cesmac, não abre mão de publicação impressa. Curte a internet como todo intelectual, claro, mas está sempre com um livro de baixo do braço.

 

SEM DISPUTA, AMA MANTÉM HUGO WANDERLEY

Um acordo que envolveu o governador Renan Filho pacificou o cenário na Associação dos Municípios Alagoanos. Feita a composição, o prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley, será reconduzido à presidência da AMA nesta 2ª feira (28). Será chapa única, sem disputa. A prefeita Pauline Pereira, de Campo Alegre (que havia se movimentando para disputar o comando da entidade) integra a chapa como vice-presidente.

 

ALE ACOMPANHA

O vice-presidente da Assembleia, deputado Francisco Tenório, formou comissão de parlamentares para acompanhar todo o desenrolar dos acontecimentos envolvendo o bairro do Pinheiro.

 

DIREITA CONVICTA

Intelectual de direita ‘com orgulho e convicção’, o escritor alagoano Rosalvo Acioly elogiou a ‘forma e o conteúdo’ do livro Democracia Digital, lançado pelo senador Renan no Hotel Ritz.

 

HADDAD E ALIADOS TORCEM MUITO PELO BRASIL

Fantoche de Lula, pior prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad exercita seu patriotismo torcendo pelo fracasso do governo de Bolsonaro. Aliás, como o próprio presidente já disse, o novo governo não pode errar, porque, se tal acontecer, estará

criada a oportunidade para a volta do PT. Portanto, se depender dos petistas, o Brasil vira uma Venezuela em quatro anos.

 

PODER É PODER

Que o diga Nicolás Maduro. Ele destruiu a Venezuela, mas, no meio da desgraça nacional, fez uma eleição de cartas marcadas e ainda quer que o mundo o reconheça como presidente legítimo.

 

IMAGEM NA LAMA

A delação de Palocci detonou a imagem que Dilma tinha de ‘mulher séria e honesta’. O ex-ministro aliado fala de corrupção, mas fulmina Dilma denunciando-a como traidora de Lula.

 

 

Primeira Edição © 2011