Benedect Cumberbatch será assessor responsável por vitória do Brexit em filme

08/01/2019 14:58

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EFE

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O ator inglês Benedict Cumberbatch encarna o assessor político responsável pela vitoriosa campanha do "brexit" no referendo realizado em 2016 no Reino Unido, em um filme que estreia nesta segunda-feira no "Canal 4" da televisão britânica.

Cumberbatch será Dominic Cummings, o diretor da campanha oficial "Vote Leave" favorável à saída da União Europeia (UE), questionado pela falta de rigorosidade de seus slogans e declarações.

Esta campanha, alvo de várias investigações por seu conteúdo e financiamento, foi porta-bandeira do então ministro conservador Boris Johnson e de seu colega Michael Gove, de quem Cummings tinha sido "assessor especial".

Uma das promessas falsas do "Vote Leave", que centra o drama que será transmitido pela televisão, foi a afirmação de que a saída do bloco permitiria ao Estado economizar "350 milhões de libras por semana" (390 milhões de euros) que poderiam ser destinadas ao financiamento do necessitado serviço público de saúde (NHS, em inglês).

No trailer de "Brexit: The Uncivil War", onde os atores Oliver Maltman e Richard Goulding encarnam, respectivamente, Gove e Johnson, é possível ver Cummings revelando diante destes políticos o famoso ônibus vermelho com o mentiroso slogan.

Gove, atualmente ministro de Meio Ambiente, e Johnson, que renunciou ao Governo em julho por desacordos com a primeira-ministra, Theresa May, perguntam se "podem" seguir com uma afirmação tão duvidosa, para os quais o personagem de Cumberbatch contesta entre risos. "Imagine os rostos dele".

A opção do "Brexit" ganhou por 51,89% dos votos frente a 48,11% no referendo realizado em 23 de junho de 2016, que tinha sido convocado pelo então primeiro-ministro conservador, David Cameron, para escavar um persistente debate no seu partido.

Após a renúncia de Cameron, May acedeu ao Governo sem ser escolhida nas urnas, e em 2017 perdeu a maioria absoluta "tory" em eleições antecipadas.

Nestas condições, a chefe do Executivo trata agora de persuadir o Parlamento para que apoie o acordo de saída da UE que pactuou com Bruxelas em uma votação prevista para em 15 de janeiro.

Primeira Edição © 2011