Desrespeito a quem?

29/11/2018 19:16

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Romero Vieira Belo

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O ‘Mais Médicos’ não é um mau programa, do ponto de vista funcional, mas não deveria ter sido criado em ambiente de sigilo, sem nenhuma discussão prévia, sem nenhum crivo do Congresso Nacional. Por que isso? O que teria levado a então presidente Dilma a lançar um projeto assistencial um tanto às escondidas?

Seguinte: mais do que uma parceria institucional entre dois governos – o do Brasil e o de Cuba – o ‘Mais Médicos’ foi concebido para ajudar, financeiramente, a ditadura cubana. Por isso, ao saber que o programa estava sendo desfeito, Dilma comentou: “Não entendem o que é solidariedade”.

Muito bem. Mas, solidariedade por quem? Pelos médicos cubanos que trabalham e recebem menos de 40% do salário, já que o restante, a fatia maior, é repassada pela Secretaria Nacional do Tesouro Brasileiro para os cofres do governo cubano?

Ao se manifestar sobre a questão, o senador Fernando Collor disse que ‘Bolsonaro foi feroz e desrespeitoso com Cuba’. Será? E o que o senador diz sobre o regime que mantém o povo cubano em permanente estado de submissão, com total supressão das liberdades individuais? O que dizer de um regime confisca mais da metade da remuneração obtida pelos médicos transferidos para trabalhar em pequenos e distantes municípios brasileiros? O que

dizer de um regime que, para evitar ‘deserções’, mantém os familiares de seus profissionais como aprisionados em Cuba?

Não, definitivamente não se trata nem de falta de solidariedade, nem de desrespeito. Se há desrespeito nessa história, quem o pratica são os dirigentes cubanos que, a pretexto de enfrentar o ‘imperialismo americano’, mantém a Ilha, em todas essas décadas, como um exemplo de regime violento, autoritário e absolutamente antidemocrático. Quem merece respeito e solidariedade é o sofrido povo cubano, não seus governantes.

Com o ‘Mais Médicos’, o governo petista errou ao se solidarizar com a ditadura cubana, e não com o povo de Cuba. E em se tratando da Ilha, não se pode liberar ajuda sem a exigência de contrapartidas que assegurem os direitos do povo cubano.

 

APOIO TEM

A Coluna ouviu de uma fonte categorizada o seguinte comentário: “Se Renan Calheiros quiser, não lhe faltará apoio para assumir (seria pela quinta vez) a presidência do Congresso Nacional”.

 

PREÇO ALTO

O mesmo observador fez ainda a seguinte avaliação: “ O Rui (Palmeira) vai pagar muito caro por ter abandonado seus aliados, ao desistir de concorrer ao governo com Renan Filho”.

 

ALIADOS DEVERÃO TER ESPAÇO NO NOVO GOVERNO

Três deputados federais não reeleitos terão espaço no novo governo de Renan Filho: Maurício Quintella (que disputou o Senado ao lado de Renan Calheiros), Ronaldo Lessa e Givaldo Carimbão. O ex-governador Lessa poderá continuar na Câmara, com a vinda de um deputado aliado para o secretariado. Já

Quintella e Carimbão deverão assumir cargos no governo.

 

EQUIPE NA CABEÇA

Renan Filho já tem na cabeça o desenho de sua nova equipe, mas só ele sabe com quais peças vai trabalhar. Ou seja, o que se tem ouvido por aí não passa de especulação ou simples futurologia.

 

ALMEIDA VIVO

O ainda deputado federal Cícero Almeida, que perdeu a eleição (para estadual) e o mandato (por infidelidade partidária), também deverá ser escalado no time que entrará em campo em janeiro.

 

PREFEITO RECEBE HOMENAGEM DO JUDICIÁRIO

Rui Palmeira também recebeu a Comenda Moura Castro. A honraria do Tribunal de Justiça é conferida a quem faz algo de positivo pelo Judiciário. O prefeito de Maceió, ao que se sabe, não fez nada de relevante para a Justiça da capital, mas, como ressalta o desembargador e presidente Otávio Praxedes, merece a distinção por “sua trajetória” e por “respeitar o Judiciário”.

 

SEM IDEOLOGIA

Em discurso da tribuna do Senado, Fernando Collor afirmou que a política de relações exteriores do Brasil não deve ter influência de ideologia, seja de esquerda, seja de direito. É isso mesmo.

 

SEM IDEOLOGIA 2

Em consonância, aliás, com o que pensa o presidente eleito Jair Bolsonaro. O vencedor da sucessão presidencial é contra a prática do ideologismo dentro das instituições, começando pela escola.

 

HUMBERTO LEMBRA PARCERIA COM CESMAC

Durante seminário que discutiu ensino e pesquisas em hospitais filantrópicos, o provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, lembrou que sua instituição mantém parceria com o Cesmac e tem 76 residentes em 16 especialidades médicas. Ele diz que a meta é expandir o sistema para oferecer mais vagas de residência e mais estágios para melhorar a área de saúde.

 

SEM PRETENSÃO

Sondado por aliados das últimas eleições de que participou, o ex-presidente da Câmara de Maceió, Arnaldo Fontan sinalizou que não mais pretende concorrer a nenhum mandato eletivo.

 

AGORA, MAJORITÁRIO

Só para lembrar: Fontan perdeu duas eleições de vereador obtendo mais votado do que outros eleitos com ajuda de coligações. Mas, em 2020, o voto para vereador, finalmente, será majoritário.

 

Primeira Edição © 2011