Rafael dos Anjos descarta luta fora dos Estados Unidos

19/08/2018 17:37

A- A+

Combate.com

compartilhar:

Na última semana, Rafael dos Anjos foi alvo de Santiago Ponzinibbio, que declarou que o brasileiro estava fugindo de um confronto com ele na Argentina, na edição do UFC que acontece em novembro deste ano, em Buenos Aires. Em entrevista ao "Combate News", na última quinta-feira, o brasileiro fez questão de esclarecer que não teme nenhum rival, mas que deixou claro ao Ultimate que deseja fazer a próxima luta nos Estados Unidos.

Em seus últimos cinco combates, quatro foram em países diferentes. Vindo de uma cirurgia na orelha, e com a esposa grávida de 35 semanas, o ex-campeão peso-leve do Ultimate pretende voltar ao octógono em novembro.

- Tem duas semanas que estou liberado para treinar. Fiz a cirurgia na minha orelha, correu tudo bem. Estou treinando, entrando em forma. O Sean Shelby (matchmaker do UFC) me ligou e me ofereceu uma luta em novembro, porque eu tinha dito para ele que essa seria uma boa data. Meu filho nasce dia 17 de setembro. A minha primeira pergunta para ele não foi de adversário, e sim, em que local. Eu vou estar com um bebê recém-nascido, por isso quero algo mais cômodo, lutar em casa - disse o brasileiro, que atualmente mora na Califórnia.

Dos Anjos, terceiro no ranking dos meio-médios, não gostou das provocações de Ponzinibbio, décimo colocado na categoria.

- De primeira, ele foi muito respeitoso. Só que ele não sabe da minha realidade e deu uma entrevista me chamando de frouxo... Aí já faltou com o respeito, foi para outra linha. Eu falei para ele ir na minha academia, que "saía na mão" com ele em qualquer lugar. Não sei de onde ele tirou que eu disse que queria lutar com ele no Brasil. Ele é um dos caras mais tranquilos do top 10. Santiago está falando em fazer história, mas eu acho que não tem história nenhuma em lutar com ele na Argentina. Seria para ele, para mim, seria ganhar um segundo cinturão. Se o UFC quiser casar essa luta em Las Vegas ou em qualquer lugar nos Estados Unidos, para mim tudo bem. Mas não vou deixar minha mulher com filho pequeno para lutar fora daqui.

Apesar de não descartar uma luta com o argentino, o alvo do brasileiro é outro: Kamaru Usman, sexto colocado no ranking. O nigeriano está escalado como "reserva" da luta principal do UFC 228, que acontece dia 8 de setembro, em Dallas, e tem como embate principal a disputa do cinturão da categoria entre Tyron Woodley e Darren Till.

- O Usman gostou da ideia, mas me disseram que esse evento tem um certo número de lutas e já está completo. Acho que só se cancelasse uma luta que esse combate poderia acontecer.

Ao ser questionado sobre o estilo de Usman, que poderia fazer o mesmo jogo de Colby Covington último adversário do brasileiro, Dos Anjos lembrou o problema que teve logo no início do combate quando teve a orelha prejudicada no combate.

- Acho o Kamaru um cara diferente do Colby. Ele acredita mais na trocação dele. Sem querer dar desculpas, eu tive um problema na orelha no primeiro round na luta e acho que aquilo ali me atrapalhou bastante. Enquanto a tática dele era o jogo agarrado, o meu medo era da minha orelha cair no octógono. As pessoas não têm noção, minha orelha estava descolando da minha cabeça, senti ela balançando várias vezes, estava solta. Aquele jogo agarrado estava me frustrando. Com o nigeriano minha orelha vai estar 100% e eu não vou estar com medo desse jogo, receio nenhum de fazer esse jogo agarrado - pontuou o brasileiro.

Avaliando o futuro da categoria dos meio-médios, Dos Anjos acredita que Darren Till, que no último combate contra Stephen Thompson ficou 1,7kg acima do limite da categoria, não vai conseguir bater o peso para a luta contra Woodley.

- Acho que por isso que já tem uma luta reserva e algumas trocas vão rolar em cima da hora. Acho que o Till tem os dias contados nessa divisão, ele é um cara grande, novo, não vai conseguir bater esse peso por muito tempo. Discordo dele ter conseguido o direito de ser desafiante. Acho que quem não bate o peso não deveria subir no ranking.

Primeira Edição © 2011