Ora, ora, o Brasil que eu quero!

13/08/2018 09:05

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Geraldo Câmara

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                    Forçada por uma enorme rede de televisão e muito mais para aparecer na telinha do que para contribuir, a sociedade brasileira está tentando dizer o que quer para o Brasil. E como era de se esperar ela não sabe o que dizer. Envolvida e conduzida pela mídia, a população utiliza os temas mais constantes para sempre repetir que quer ver um Brasil sem corrupção, com mais saúde e mais educação. Possivelmente até uns tempos atrás ninguém soubesse sequer traduzir a palavra corrupção que entrou avassaladoramente no vocabulário popular tal qual os termos e gírias usados nas novelas passam a ocupar as conversas e as brincadeiras povoando o anedotário. É utópico se achar que a campanha encetada pela emissora venha encontrar respostas ou posicionamentos de candidatos, por exemplo, nos seus discursos atentatórios contra a crendice de um povo que jamais vai conhecer os reais objetivos dos que desejam ocupar cadeiras que deveriam ser importantes para o país. A eles, sim, deveria ser apontada a pergunta "Que Brasil você quer fazer"? Porque, se honestidade de princípios fosse a tônica dos nossos legislativos e dos nossos executivos possivelmente não precisássemos perguntar ao nosso povo sofrido, que Brasil ele quer. Ora bolas, ele quer o melhor. Ele quer decência, ele quer acreditar nele próprio porque todos somos o povo brasileiro. Ricos, pobres e até os corruptos. O que precisamos é mudar verdadeiramente o dístico que está na bandeira brasileira. Apagar o "desordem e retrocesso" de hoje e reescrever o tão amado "ordem e progresso".       

Primeira Edição © 2011