Peti Volante promove atividades de combate ao trabalho infantil

19/01/2018 15:58

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Ascom Semas

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As ações de enfrentamento ao trabalho infantil na orla de Maceió continuam neste final de semana com ações esportivas, culturais e lúdicas nas praias de Pajuçara e Ponta Verde. Em dois pontos da orla, profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) estarão identificando situações de risco e trabalhando com este público visando para sensibilizar os pais sobre os danos do trabalho infantil.

No último final de semana, 18 casos foram identificados pelos técnicos na orla de Maceió e as famílias serão acompanhadas pelos equipamentos sociais para que estas crianças e adolescentes tenham acesso a programas e serviços da Prefeitura, e não sejam mais submetidas ao trabalho infantil.

A proposta é ofertar o atendimento da Assistência Social enquanto os pais destas crianças estão trabalhando na orla e, assim, poder conscientizar e acompanhar esses jovens em situação de trabalho infantil, encaminhando-os para os serviços da Prefeitura de Maceió e garantindo seus direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Para chamar a atenção da sociedade e daquelas pessoas que ainda insistem em levar seus filhos ou parentes para trabalhar junto com elas, a gente mantém uma estrutura na orla para que, enquanto os pais ou responsáveis estiverem trabalhando, essas crianças estejam com os nossos técnicos em um espaço lúdico. A partir daí, a gente realiza a identificação dessas crianças e adolescentes para poder trabalhar com eles durante o ano, identificar se estão na escola ou não, os motivos que levaram para a situação de trabalho infantil”, enfatizou a secretária de Assistência Social de Maceió, Celiany Rocha.

A secretária explica também que o trabalho de enfretamento ao trabalho infantil é permanente e que esta ação na alta temporada é, além de identificação, de conscientização da população a não fomentar o trabalho infantil. “A gente chama a atenção deles e da sociedade, até porque só existem crianças vendendo, porque tem gente que está comprando. É um trabalho que depende de todos os atores, não apenas da Prefeitura. Então, a gente precisa que a sociedade tenha consciência de que não se deve comprar nada de crianças e adolescentes”, disse a gestora.

Celiany reforça ainda que o trabalho da Semas não é como as pessoas imaginam, que os profissionais passam fazendo o recolhimento involuntário de quem esteja em situação de trabalho infantil. O trabalho de enfrentamento precisa ser educativo e de conscientização, e envolver os pais, a sociedade e o Poder Público.

“Os pais têm a responsabilidade em não deixar que as crianças fiquem ali expostas ao risco. Têm o papel da sociedade, porque se existem crianças ali é porque se trata de um bom ponto comercial e as pessoas estão comprando. E o papel do Poder Público, que precisa estar atuante o tempo todo fiscalizando. Quando a Semas identifica o caso de exploração do trabalho infantil, aciona o Conselho Tutelar. Se não deu jeito, o caso vai para o Judiciário e Ministério Público. Então, é toda uma cadeia que precisa funcionar. Mas a gente não pode obrigar as pessoas a saírem dali, não é o nosso papel. A gente trabalha com a conscientização e fornecimento de meios para que aquela pessoa saia daquele local, convencer que ali não é lugar de criança”, completou a secretária.

As ações de enfrentamento ao trabalho infantil acontecem nos domingos que antecedem o Carnaval (21 e 28 de janeiro, e 04 de fevereiro) de 9h às 14h. As atividades são simultâneas nas praias de Ponta Verde e Pajuçara.

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