Oposição terá candidato em Alagoas - ou vira jogo de um lado só

16/07/2017 17:10

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Romero Vieira Belo

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Por melhor quer seja o desempenho de Renan Filho e mais alta sua aprovação (e olhe que o governador já superou todas as expectativas do período eleitoral) o fato é que ninguém deve esperar por uma sucessão com chapa única. Nem mesmo por uma candidatura simbólica, encarnada por simples figurante, como o foi, em 2014, o hoje prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio César.

Não. Renan Filho terá adversário – nenhum, com certeza, que ponha um mandato certo em risco – porque faz parte do jogo. E o jogo tem dois lados – o da situação e o da oposição. Para atingir objetivos secundários, mas de grande importância, como a eleição de senadores, deputados federais e deputados estaduais, a oposição precisará de alguém para atuar como carro-chefe da campanha. Esse é o processo. Uma chapa oposicionista sem candidato a governador estaria fadada a comprometer os demais objetivos do bloco político. Portanto, Renan terá adversário.

E não se deve, por outro lado, achar que a reeleição vai ser um passeio. Eleição é um jogo em que os candidatos parecem, mas não são os grandes protagonistas. Os eleitores é que decidem. Nesse sentido, e até mesmo como advertência, é sempre oportuno lembrar a sucessão alagoana de 2006. Naquele ano, depois de liderar todas as pesquisas de intenção de voto, o industrial João Lyra foi dormir governador e amanheceu derrotado por Teotonio Vilela Filho. Sem direito a segundo turno, para completar.

Evidente que Renan Filho, hoje uma referência nacional, destaque reluzente na desbotada galeria de governadores em crise, realiza um trabalho digno de elogio, bem além do que dele se esperava. Destaque em obras, em ajuste fiscal, em equilíbrio financeiro, em projetos novos, em investimentos na educação, saúde e segurança – e isso a própria oposição reconhece. As críticas, rarefeitas, existem porque, do contrário, já não haveria dois lados.

Mas ninguém deve esquecer a regra fatal: assim como no futebol, o jogo só acaba quando o juiz trilha o apito final, em qualquer eleição só se conhecem os eleitos depois dos votos apurados.

 

CONTRA E A FAVOR

A votação da reforma trabalhista mostrou Renan e Collor do lado dos trabalhadores. Biu de Lira votou com o governo e poderá pagar caro por isso na corrida eleitoral do próximo ano.

 

TROCO DAS CENTRAIS

As centrais sindicais já decidiram que vão afixar faixas e cartazes nas ruas de Maceió e das principais cidades do interior mostrando como cada senador alagoano votou a nova lei trabalhista.

 

ALGUM PETISTA VOTOU CONTRA LULA OU DILMA?

Em tempos de patrulhamento midiático, eis a grande manchete da Folha de S. Paulo: ‘PMDB obriga deputados a votar contra denúncia de Temer no plenário da Câmara’. Ora, e o presidente é de qual partido? Ah! do PMDB? Por que, então, os peemedebistas deveriam votar contra Temer? Por acaso o PT votou contra Lula, no mensalão, ou contra Dilma, no impeachment?

 

DESMORALIZAÇÃO

O Senado foi desmoralizado. Meia dúzia de senadoras tomou os lugares na Mesa e impediu o acesso do presidente Eunício Oliveira. É caso, gravíssimo, para o Conselho de Ética decidir.

 

AINDA BEM...

No Senado, o grande receio era de que, na escuridão, as senadoras que ocuparam a Mesa pudessem, de repete, com medo de alguma represália, transformassem o local numa latrina a céu fechado.

 

JOALDO LANÇA LIVRO SOBRE CRISE DE 1997

O jornalista Joaldo Cavalcante lança nesta 2ª feira o livro ‘17 de julho - a gameleira, as lembranças e a história decidida à bala’. O volume busca reconstituir o episódio que forçou o governador Suruagy a se licenciar do cargo no auge da crise estadual em 1997. Joaldo define a obra como ‘jornalismo de reconstituição’. Lançamento será no Anamá (Ponta Verde) a partir das 19 horas.

 

CÍCERO AMÉLIO

Cícero Almeida está determinado a lutar, em todas as instâncias judiciais, para se manter no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Sua grande batalha não é no TRF, mas no STJ.

 

CÍCERO ALMEIDA

Outro Cícero, o Almeida, vem trabalhando junto a suas bases com um objetivo: migrar da Câmara Federal para a Assembleia Legislativa. Mas com o olhar voltado para a Prefeitura em 2020.

 

PRECE PELO PADRE MANOEL HENRIQUE

O colunista se integra à corrente de familiares, amigos e católicos em geral que oram pelo pleno restabelecimento do padre Manoel Henrique, um homem de Deus, na incansável e abnegada missão evangelizadora, e um mestre de escol, na cátedra que ocupa com destaque na Escola Superior da Magistratura de Alagoas – Esmal.

 

OLHAR NO VIZINNHO

A criminalidade anda solta em Pernambuco e isso deve deixar a Segurança Pública de Alagoas de alerta. Sempre que acossados por lá, os bandidos fogem e preferem vir para Alagoas.

 

BOM DESEMPENHO

Magistrado jovem, que começou a se destacar na recente gestão de Washington Luiz, o juiz Hélio Pinheiro acaba de ser nomeado para o cargo de ‘juiz auxiliar da presidência’ do TJ-AL.

 

O QUE DEVOLVEU O RESPEITO AO BRASIL

Depois da derrocada econômica gestada pela incompetência de dona Dilma, o mundo passou a respeitar o Brasil – ou, mais especificamente, o governo brasileiro – graças a um gesto de coragem e correção de Michel Temer, que se impôs um rígido controle de despesas ao fazer o Congresso Nacional aprovar a PEC do limite de gastos. Foi o sinal de que o País ia mudar.

 

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