Aves de Cláudio Santos, o famoso Papa Capim, são entregues ao Cetas

28/06/2017 17:22

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Agência Alagoas

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O famoso Papa Capim das redes sociais, Cláudio Santos, esteve nesta quarta-feira (28), no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), para fazer a entrega voluntária das aves que estavam em sua residência.

Dinho Kapp, como é conhecido nas redes sociais, mantinha em cativeiro dois tizius (Volatinia jacarina) e uma espécime do famoso papa-capim (Sporophila nigricollis).

Marcelo Normande, consultor do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), foi quem recebeu as aves no Cetas e orientou Cláudio no preenchimento do Formulário de Entrada de Animais Silvestres, que certifica que ele levou os pássaros voluntariamente. “Esses animais que chegam aqui são examinados, anilhados e, posteriormente, soltos em suas áreas de ocorrência”, explica Marcelo.

As aves trazidas por Dinho não poderão ser legalizadas e devolvidas para o servente de pedreiro, pois são animais sem origem legal comprovada. Ele só poderá adquirir  aves que possuam certificação e que sejam originárias de criadouros autorizados.

Epitácio Correia, gerente do setor de Fauna e Flora e Unidades de Conservação do IMA, frisa a importância desse tipo de atitude. A entrega voluntária de animais adquiridos de maneira ilegal isenta a pessoa de qualquer penalidade que poderia sofrer, caso eles fossem apreendidos. Ou seja, a pessoa que tem um animal não regulamentado e deseja fazer a entrega voluntária pode ir sem medo.

“É importante que as pessoas se conscientizem da importância de não comprar animais em feiras livres, para não alimentar o tráfico de animais silvestres e, também, não capturar animal de vida livre”, diz Epitácio Correia.

O IMA reforça a informação de que é possível comprar animais silvestres de forma legal em criadouros comerciais devidamente licenciados e legalizados por órgão ambiental competente.

Todo animal silvestre proveniente de estabelecimento comercial legalizado deve vir com marcação individual (anilha e/ou microchip), certificado de sexagem (para aves) e nota fiscal de venda do animal, contendo informações como o nome popular e científico do animal adquirido, data de nascimento, sexo, tipo de marcação e o número da mesma (conferir se a marcação informada na nota fiscal coincide com a marcação real do animal).

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