IMA seleciona áreas para monitorar presença do coral-sol

Medida deve prevenir a bioinvasão da espécie na costa alagoana

17/04/2017 17:33

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Assessoria de Comunicação IMA

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Técnicos do Gerenciamento Costeiro (Gerco) do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) estiveram no Porto de Maceió, na manhã desta segunda-feira (17), para selecionar as áreas que receberão um sistema de monitoramento para prevenir a bioinvasão do coral-sol na costa alagoana.

Na ocasião foram escolhidos três locais onde serão instaladas placas de recrutamento para verificar se há presença de pólipos (indivíduo) de coral-sol. As placas ficam entre três e quatro metros de profundidade e são verificadas trimestralmente. “As placas foram confeccionadas em aço, já que essa espécie de coral se adapta bem a esse tipo de metal”, explicou Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA.

O monitoramento será realizado pelos técnicos do Gerco, com auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O IMA irá elaborar um ofício que será entregue à administração do Porto de Maceió, para autorização da instalação das placas e dos mergulhos periódicos de monitoramento.

Prevenção

A maior preocupação é que, uma vez inserido na costa de Alagoas, o coral-sol pode colocar em risco outras espécies existentes no Estado, causar sérios danos à biodiversidade marinha e ainda provocar impactos graves, como a destruição de bancos recifais e consequente aceleração do avanço do mar.

Para evitar que a espécie chegue à costa alagoana, um grupo formado por representantes de órgãos ambientais e de fiscalização vem realizando ações preventivas em navios-sonda e plataformas de petróleo que chegam ao Estado.

Além do IMA e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), fazem parte do grupo representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Capitania dos Portos, administração do porto de Maceió, operadoras de mergulho e ONGs que se apresentaram como voluntárias.

Texto de Elayne Pontual

Primeira Edição © 2011