Aviso aos pais: Vocês estão atentos ao que seus filhos estão conversando no WhatsApp?

03/09/2016 10:25

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PalpiteSocial

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Bom, inicio este texto já dizendo sem medo de errar, que trata de um assunto muito sério e que precisa da atenção por parte dos pais/adultos/cuidadores, no que se refere aos bate-papos com os "amigos" da escola/colégio, onde os níveis de educação doméstica, financeira e social são muito variados.

Resolvi escrever sobre isso porque  acompanho o WhatsApp da minha filha, e a cada checada fico sempre surpreso com as mensagens que encontro nos grupos em que ela participa, não apenas grupos de colegas da escola, e sim todos.

Analiso todas as conversas com muita paciência, e posso garantir para todos vocês pais, que não gostaria de ler o que vejo por lá. A quantidade de absurdos, claro que não são todos que estão nos grupos que postam coisas absurdas, mas a grande maioria. Até agora não vi mensagens da minha filha, até agora! E espero não ver de forma alguma! Espero que ela continue se indignando com certos tipos de situação, comentários e atitudes. Mas infelizmente vejo muitas postagens indevidas enviadas por esses "amigos", e mantenho-me indignado pela quantidade de palavrões de baixíssimo nível ditas naturalmente por crianças, isso mesmo, crianças de 11, 12 e 13 anos, onde os mais suaves deles são:

Vai tomar...
Quero comer...
Me dê sua...
Quenga...
Rapariga...
Que o fulaninho de tal é maconheiro...
Que o pai do sicraninho é ladrão e a mãe apanha em casa... 
Que a casa de fulano parece um puteiro, só tem puta a começar pela mãe...
Que na festinha de fulano vamos fazer isso ou aquilo...
Que as fulaninhas (dizendo nomes) são quengas, que na festa passada elas ficaram com 6, 8, e que já são chamadas de todo tipo de apelido...
 
E como sempre dizem, que muitas postagens, segundo eles, não passam de meras brincadeiras.
Brincadeira??? Que tipo de brincadeira é essa? Brincadeira ofensiva e no mínimo de muito mau gosto!!

Pois é senhores pais...
Observem o que seus filhos estão fazendo nos computadores, tablets, e principalmente no WhatsApp. É um ambiente Virtual que interfere demais no Real. É um ambiente cheio de oportunidades para tudo, inclusive para o ruim.

Ora, se já é fácil vermos hoje em dia adultos que não sabem utilizar redes sociais, WhatsApp... Imagine essas crianças sem freios.

Vejo, que a cada dia, devemos lembrar daquilo que as nossas mães e avós diziam sobre amizades, “de que precisamos saber onde e com quem nossos filhos estão andando”. 
Mesmo que lá na frente eles cometam erros, saiam do caminho do bem, e etc... mesmo que isso venha acontecer, o importante é que enquanto pais / cuidadores, fizemos a nossa parte.

Com isso, diante de toda essa situação, num contexto geral, lanço uma pergunta para quem tem filho ou filha, principalmente na faixa etária citada: Você gostaria de saber que seu FILHO / FILHA fosse chamado disso ou daquilo?

Observo, que quando comento a respeito desse assunto, de que checo mesmo o celular da minha filha para conferir o que se passa, e etc... Vejo nitidamente, olhares de aprovação por parte de alguns casais, e outros reprovando, e ainda, comentando de que jamais fariam isso, pois consideram invasão de privacidade, inclusive falando que se o filho descobrir essa “invasão” mudariam a senha de acesso do celular, colocando em xeque a confiança, etc.

Não é invasão, é cuidado!

Cuidemos dos nossos filhos agora. E conversemos abertamente sobre essas questões. Vamos tentar ter o domínio das inúmeras situações do cotidiano. Vamos cumprir bem o papel que cabe a nós pais.

Sabemos que a correria do dia é grande para todos, que não temos muito tempo pra isso ou aquilo, mas não vamos nos escorar nos clichês "é porque são crianças" ou "porque estão na fase da descoberta".

Afinal de contas, essas crianças não precisam de ACELERADOR,  precisam de FREIOS!

Primeira Edição © 2011