Vitor Thiré fala da preparação para viver cego em 'Liberdade, Liberdade'

02/05/2016 10:47

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Ego

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Vitor Thiré abandonou o estilo galã, que mantinha desde o personagem Sidney da temporada 2013 de "Malhação", e está no elenco de "Liberdade, Liberdade" vivendo o sofredor e deprimido Ventura, irmão do temido vilão Rubião (Mateus Solano). Para o novo personagem, além de deixar os cabelos e a barba crescerem, Vitor também não exibirá seus belos olhos azuis. Ventura é cego e, para mergulhar no papel, ele está usando lentes de contato escuras.

Ao EGO, Vitor falou sobre sua preparação para o personagem. Ele esteve no Instituto Benjamin Constant - tradicional instituição de ensino para deficientes visuais no Rio de Janeiro - e conversou com pessoas que poderiam lhe inspirar. "Pra mim foi maravilhoso me preparar para esse personagem. Poder ter contato de perto assim com os cegos foi muito bom, porque eu pude conversar com eles e entender um pouco como é a vida deles. Estive no Instituto Benjamin Constant, fiquei duas horas conversando com dois caras cegos - um jogador de futebol e um músico -, que me deram altas dicas e me ensinaram alguns truques que eu estou usando no personagem para passar mais verdade."

Vitor acredita que as fãs de seu personagem galã de "Malhação" estão também contentes com seu novo papel. Segundo o ator, foi necessária uma desconstrução total para a novela das onze da Globo. "O ator tem que estar preparado para viver qualquer personagem. Seja engordar para um papel, pintar o cabelo, cortar o cabelo. Pra mim quanto mais a gente se transforma melhor. Foi uma desconstrução total do Sidney de 'Malhação'. Primeiro porque é uma novela de época, depois por fazer um cego. É um desafio atrás do outro e eu fico  muito orgulhoso", comemora.

O ator conta ainda que no começo se sentiu incomodado ao usar lentes, mas que logo se acostumou: "Olha, é como se eu tivesse um óculos escuro dentro do meu olho. Eu nunca tinha usado lente na minha vida. Incomoda um pouco no começo sim, mas depois você passa a esquecer aquilo e não faz mais diferença".

Primeira Edição © 2011