Após conseguir a condenação de 11 envolvidos no desvio de recursos em Olho D’Água das Flores, o Ministério Público Estadual denunciou o prefeito, Carlos André Paes Barreto dos Anjos, ao Tribunal de Justiça pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.

A Ação Penal foi protocolada essa semana pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares Mendes, e dá continuação à Operação Primavera, deflagrada pelo GECOC (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas), do MP, em novembro de 2009.

O prefeito de Olho d’Água das Flores, Carlos André Paes Barreto dos Anjos, conhecido por “Nem de Humberto”, é acusado de participar da quadrilha, comandando a organização criminosa, mas, como tem prerrogativa de função, responde a processo perante o Tribunal de Justiça.

Em janeiro, onze pessoas foram condenadas pela 17ª Vara Criminal da Capital, pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. De acordo com o MP, a quadrilha desbaratada em 2009 durante a Operação Primavera era integrada por servidores públicos e especializou-se em fraudar licitações, emitir notas fiscais frias e superfaturar obras no município, gerando um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

Secretários, ex-secretários, servidores públicos, ex-procurador do município, um vereador e até a atual primeira dama de Olho d’Água das Flores estão na lista dos que foram condenados pelos crimes de Fraude em Licitações, Peculato e Formações de Quadrilha.

As penas para os condenados variam de 1 a 4 anos de reclusão, além da aplicação de multas e a perda de cargos públicos.