JHC vai ao Ministério Público e pede ajuda para mais transparência na ALE

Parlamentar vai conversar com os promotores sobre a denúncia feita em dezembro no plenário da ALE

18/01/2012 07:06

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Marigleide Moura

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O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) compareceu na manhã de hoje, 18, ao Ministério Público Estadual para levar uma documentação que, segundo ele, comprova o pagamento de vantagens indevidas aos servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

A polêmica sobre o pagamento de através da Gratificação por Dedicação Excepcional (GDE) teve início quando o deputado JHC fez acusações no plenário da Casa de Tavares Bastos, no mês de dezembro do ano passado. Depois disso, foi convidado pelo Ministério Público para prestar esclarecimentos.

Ele deveria ter sido ouvido, dias atrás, pelos promotores Sidrack Nascimento, Norma Medeiros e Jamyl Gonçalves Barbosa, mas faltou a audiência marcada. Hoje, o parlamentar falou com a imprensa momentos antes do encontro com os promotores e afirmou que há uma lista muito grande de funcionários que recebem a gratificação, sem nenhum controle.

A semana passada, o deputado, enviou à imprensa, uma cópia do ofício que recebeu, no dia 30 de dezembro de 2011, da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em resposta à solicitação feita pelo parlamentar a respeito de pagamentos feitos através da Gratificação por Dedicação Excepcional (GDE). No material, o parlamentar divulgou uma lista com 430 nomes de pessoas que, segundo ele, estão sendo beneficiadas pelo pagamento da gratificação.

“O valor declarado até agora é de R$ 38 milhões, referente a agosto de 2008. Um valor muito alto para um Estado tão pobre como o de Alagoas”, falou João Henrique Caldas.

JHC disse ainda que os valores são concedidos aos gabinetes sem critério algum. “Não existem critérios para esses pagamentos. Além do valor ser muito alto. Quero que tudo isso seja esclarecido”, finalizou.

De acordo com ele, ao todo, o desvio, somados nos 27 gabinetes, poderia atingir R$ 70 milhões em uma legislatura. O presidente Fernando Toledo nega a existência de irregularidades e garantiu a legalidade da GDE, baseada em uma lei estadual.

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