Os arguidos terão ainda de colaborar com entidades como a Apav (associação portuguesa de apoio à vítima) para conhecerem vítimas de crimes violentos.

Apenas Fernando Alves, um dos seis arguidos, foi absolvido. A autora das agressões, Bárbara Oliveira, não compareceu hoje nas Varas Criminais de Lisboa.

O Ministério Público (MP) tinha pedido a condenação dos seis arguidos, alegando a premeditação dos crimes. De acordo com o procurador, que sugeriu trabalho comunitário para os acusados, “o filme é inequívoco” quanto ao planeamento da agressão, afirmou nas audiências que decorreram em Dezembro. Segundo o procurador, a agressão teria sido organizado através das “várias reuniões” mencionadas em tribunal. Para o representante do MP, o caso afigurava-se “assustador” pela violência inerente e pelo “vazio” que observou nos jovens acusados, com idades entre os 16 e os 19 anos, relativamente a perspectivas de futuro.

A defesa negou a hipótese de crime organizado, com o argumento de não ter sido provado em tribunal a realização de quaisquer “reuniões preparatórias”. De acordo com um dos advogados de defesa, o “espectáculo mediático”, com a divulgação do vídeo da agressão pelos meios de comunicação social, contribuiu para uma dramatização do caso. Outro dos advogados afirmou ter-se tratado de um “excesso de impulsividade” momentâneo, explicado pela juventude dos arguidos.