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Engenheiro Eletricista. Formado em Engenharia Elétrica pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC-FACET). Pós-graduado em Gestão de Manutenção pela União de Faculdades de Alagoas (UNIFAL/FIC). Pós-graduando no MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-RJ). Membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (COBEI/CB-03). Foi Professor Substituto da cadeira de Conversão de Energia II do Curso de Engenharia Elétrica (CESMAC-FACET). Ampla experiência no Brasil e no Exterior (Angola-África) na área de Engenharia Elétrica e Energia (Obras, Projetos, Engenharia e Manutenção). É Sócio-Gerente da JM Engenharia Ltda.

Produção residencial de energia solar já é economicamente viável para 15% dos lares brasileiros

22/07/2012 15:34

Compartilho com vocês um assunto bastante interessante que li esta semana no site da Agência Brasil. Cada dia mais a Energia Solar vai ganhando mais espaço no mercado, é um investimento bastante interessante. Vale a pena ler esta matéria abaixo!

Bom início de semana a todos!

João Macário Netto - Eng. Eletricista

 


Um estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, mostra que a produção residencial de energia solar (a chamada geração distribuída) já é economicamente viável para 15% dos domicílios brasileiros. A produção de energia solar em grande escala (geração centralizada), no entanto, ainda é inviável, mesmo com incentivos governamentais.

De acordo com a pesquisa da EPE, o custo da geração nas residências brasileiras, a partir de um equipamento de pequena potência, é R$ 602 por megawatt-hora (MWh), mais barato do que a energia vendida por dez das mais de 60 distribuidoras de energia, como a da Ampla, responsável pelo abastecimento de municípios do Grande Rio e interior fluminense.

O cálculo é feito com base no custo médio de instalação de um painel com a menor potência, R$ 38 mil. Graças a novas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), publicadas neste ano, os consumidores que instalem painéis solares em suas casas ou condomínios podem não apenas reduzir a quantidade de energia comprada das distribuidoras, como também vender o excedente da energia produzida para essas empresas.

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, esse mercado potencial pode crescer bastante se forem concedidos incentivos como o financiamento à compra dos painéis e conversores fotovoltaicos (equipamentos que transformam a luz do sol em energia elétrica), a isenção fiscal para a produção desses equipamentos no país e a redução do Imposto de Renda para os consumidores.

Caso o governo esteja disposto a criar os três tipos de incentivos, ao mesmo tempo, a energia solar pode se tornar competitiva para 98% dos consumidores residenciais brasileiros. “Hoje a geração distribuída já é mais ou menos interessante em alguns lugares. Agora, para ampliar, seria necessário ter incentivos ou esperar o preço [do equipamento] cair”, disse Tolmasquim.

Por outro lado, o estudo mostra que a geração centralizada, isto é, produzida em larga escala por usinas comerciais, ainda não é viável economicamente. Hoje, o custo de produção da energia solar gira em torno de R$ 405 por MWh, enquanto a média do preço de outras fontes de energia, nos últimos leilões do governo, foi R$ 150 por MWh.

Mesmo com incentivos, como a redução de impostos, que barateiem em 28% o preço da energia, a solar não seria viável, porque ainda custaria o dobro da média cobrada nos leilões de venda de energia.

Segundo Tolmasquim, o país tem as opções de esperar o custo da energia solar diminuir para colocá-la em leilões ou de criar um leilão específico para que não haja disputa com outras fontes mais baratas, como a eólica.

Tolmasquim explicou que a criação de um leilão específico é uma opção para criar um mercado e desenvolver tecnologicamente o país, a fim de acelerar a redução do custo. “Mas teria que ser vendida uma quantidade pequena [de energia] para não onerar o consumidor.”

Há ainda a opção de abrir a possibilidade para que empreendimentos de geração de energia solar disputem o leilão de energia com outras fontes. A expectativa da Agência Internacional de Energia é que a solar esteja competitiva com outras fontes no mundo a partir de 2020.

Tolmasquim disse, no entanto, que não é possível saber quando a energia solar será competitiva para produção em larga escala no Brasil. Há hoje no país apenas oito empreendimentos, que produzem apenas 1,5 megawatt (MW) de um total de 118 mil MW do Brasil.

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Energia solar chega à rede em 2013

04/07/2012 16:36

As usinas hidrelétricas correspondem a 70,3% da capacidade instalada de produção de eletricidade no Brasil, segundo o Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro de Abril/2012, publicado pelo Ministério de Minas e Energia. Os investimentos em energia eólica cresceram bastante nos últimos anos e, atualmente, são 1.479 megawatts (MW) instalados. Mas, na opinião dos especialistas, faltava um olhar mais atento do governo federal em relação à energia solar fotovoltaica, ou seja, a obtida através da conversão direta da luz do sol em eletricidade. O cenário positivo começa a se desenhar a partir do Projeto Estratégico: “Arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira” ou, simplesmente, a “chamada 13” da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), cujo objetivo é diversificar a matriz energética brasileira. São 18 projetos aprovados para várias concessionárias, totalizando 25MW de potência instalada. Pela primeira vez, a eletricidade gerada vai para a rede e será distribuída para os consumidores, já a partir do início do ano que vem. Docentes e pesquisadores da Unicamp estão envolvidos em um deles, que tem como proponente a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que investiu R$ 13 milhões no projeto.

 

Fonte: JORNAL DA UNICAMP

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Estudo diz que custo de geração solar deve cair 40% até 2015

01/06/2012 17:50

Um estudo preparado pela consultora McKinsey & Co aponta que, apesar da diminuição dos subsídios governamentais pelo mundo, o setor de energia solar passa por um processo de maturação que o levará, dentro de alguns anos, a uma linha contínua e ascendente. O levantamento mostra que, se esta tendência seguir, a geração fotovoltaica poderia receber investimentos de entre US$ 800 bilhões e US$ 1,2 trilhões até o ano de 2020.

Os dados da McKinsey & Co também mencionam uma tendência de queda nos custos para a implantação da geração solar pelo mundo. “O custo de um sistema comercial pode cair 40 % até 2015 e mais 30 % até 2020”, projeta o documento. A consultoria menciona ainda que, enquanto os custos provavelmente continuarão a curva de queda, a capacidade de produção deve ir na contramão e dobrar dentro de cinco anos.

Prevalecendo o mesmo cenário atual, a análise acredia probabilidade é de que as novas instalações somem ente 400 GW e 600 GW de capacidade na próxima década. Isso significa que ao aumento da capacidade, mais as quedas de preços, pode desencadear em uma receita anual gerada pela cadeia de mais de US$ 75 bilhões ao ano.

"O maior potencial para este segmento encontra-se em mercados onde uma infrestrutura elétrica substancial de energia nova está prevista para ser construída”, descreve o documento, que lista como alvos Índia, Brasil, Oriente Médio e China, além do Japão, por depender ainda da importação de gás natural.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: JORNAL DA ENERGIA

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2012 – Ano do Mercado Livre de Energia

31/05/2012 13:03

A implementação de um Mecanismo de Realocação de Energia para a fonte eólica será apresentado no âmbito da campanha 2012 – Ano do Mercado Livre de Energia, que tem o objetivo de valorizar as contribuições que o mercado livre de energia elétrica oferece à economia brasileira, ampliando o conhecimento sobre diversos aspectos do seu funcionamento a vários segmentos da sociedade, além de propor aprimoramentos regulatórios e de mecanismos de gestão, de modo a potencializar benefícios para todos: governo, indústria, comércio e consumidores.

A finalidade é apresentar um mecanismo que irá aprimorar a gestão de riscos e segurança da geração eólica no ambiente livre de energia, assim como já existe mecanismos para esse fim no ambiente regulado.

 

Fonte: Setorial Energia News

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A eólica avança, mesmo sem estocar

27/04/2012 10:19

Muito bom esse texto que visualizei hoje no site do Estadão.

Talvez um assessor devesse levar à Presidência da República o relatório divulgado há poucos dias pelo Conselho Global de Energia Eólica sobre o ano de 2011 (http://www.gwec.net/index.php?id=190), que mostra um extraordinário crescimento do potencial instalado nessa modalidade de energia no ano passado: 40,5 mil MW. Só em 2011 essa oferta de energia cresceu 6% e, acumulada, 20%. Embora não esteja ainda entre os dez maiores geradores (China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Índia são os primeiros), o Brasil começa a figurar com destaque no relatório e pode ter "um futuro brilhante" na área.

O comentário inicial é motivado pelas observações da presidente, que numa discussão sobre clima, ao ironizar críticas a hidrelétricas em construção ou planejadas para a Amazônia, disse que "não há espaço para fantasia (...). Eu não posso falar: olha, é possível só com energia eólica iluminar o planeta". Também disse que "não é possível estocar vento" e enfatizou limitações à energia solar. O relatório pode servir ainda para o ministro de Minas e Energia, que considerou "demoníacas" restrições a mega-hidrelétricas amazônicas.

Na verdade, as críticas ao governo federal podem centrar-se em sua recusa a discutir a matriz energética e examinar diagnósticos como o da Unicamp - mais de uma vez citado neste espaço -, que afirma ter o Brasil a possibilidade de reduzir em 30% seu consumo de energia com conservação e eficiência, mais 10% com redução nas perdas nas linhas de transmissão e ganhar outros 10% com repotenciação de geradores antigos. Além disso, nestes tempos de escassez mundial de recursos e dramas climáticos, o País poderia ter matriz energética "limpa" e renovável, com as energias eólica, solar, de biomassas, geotérmica e de marés, ao lado da energia hidrelétrica - sem precisar recorrer às termoelétricas, poluidoras e caras, como faz atualmente.

Os números impressionantes da energia eólica em 2011 ocorreram apesar das dificuldades de países da União Europeia desde 2008, onde escassearam financiamentos normais e se colocaram em primeiro plano os de bancos de desenvolvimento - o que também deixou em evidência o brasileiro BNDES, o segundo maior financiador de eólicas no ano passado, com US$ 4,23 bilhões, quase cinco vezes mais que o Banco Mundial. Com isso a capacidade instalada no Brasil chegou a 1.509 MW, com a previsão de chegar a 7 mil MW até 2016. Ainda será pouco, quando se olham os números mundiais: 6.100 MW em 1996, em 2005 mais de 59 mil e 237.669 no ano passado. Mas é um avanço forte, apesar do plano secundário que a eólica ocupa na visão oficial brasileira.

Cenário impressionante é o da China, que implantou 18 mil MW em 2011, embora tenha baixado um pouco o ritmo de expansão. Mas já está com 62,3 mil MW e ainda pretende instalar 5 mil MW em usinas offshore (alto-mar) até 2015 (investimentos de US$ 137 bilhões até 2030).

A Índia já está com 16,08 mil MW; a Alemanha, com 29,06 mil; a Espanha, com 21,67 mil; e os Estados Unidos, com 46.91 mil. Mas a admiração corre para a Dinamarca, que, embora só tenha hoje 3,87 mil MW instalados, pretende chegar a 50% de toda a sua eletricidade gerada em eólicas. E a 100% de toda a energia renovável em 2050.

Hoje o investimento global em energia eólica está em US$ 68 bilhões/ano. Para 2012, com as dificuldades europeias e as incertezas no mercado de carbono - que pode influenciar a compra de energias limpas no âmbito do Protocolo de Kyoto -, a previsão é de US$ 21,4 bilhões. Mas, partindo de 2010, o investimento total até 2013 deverá alcançar quase US$ 200 bilhões.

Se computadas outras energias renováveis, só no ano passado foram investidos US$ 260 bilhões. Ainda parece muito pouco quando se lembra a previsão da Agência Mundial de Energia de que o mundo precisará investir US$ 38 trilhões em energia até 2035 para suprir o aumento da demanda (principalmente na China e na Índia) e gerar mais energia renovável. Ainda assim, o gás natural responderá por boa parte.

Chama a atenção também que em 2010, pela primeira vez, os chamados países emergentes investiram mais em eólicas do que os europeus (OCDE). E a tendência, segundo o Global Energy Outlook, é de que até 2030 metade da capacidade instalada nesse setor estará no Brasil (hoje só 0,4% da matriz energética), na China, na Índia, no México, na África do Sul e na Turquia.

Quem estiver atento lerá, todos os dias, notícias de avanços nesse setor entre nós. Mais 1.200 MW estão sendo instalados neste momento e está em discussão um potencial de mais 6 mil MW. O preço médio dessa energia caiu um terço desde 2005 e compete com a elétrica. Vários parques eólicos estão sendo implantados, principalmente no Nordeste. E a alegação de que a energia eólica não é estocável precisa ser confrontada com a possibilidade de redes de transmissão em que haja interligação com outras fontes, para os períodos de menor intensidade de ventos. Também com a possibilidade de maior produção com ventos captados a maior altura. E com a lembrança de que, podendo ser consumida perto dos locais de produção, a eólica gerará menos perdas nas linhas de longa distância. Se o potencial de 143 mil MW (fora offshore) for todo aproveitado, vai-se ter o equivalente à produção de dez usinas de Itaipu.

São muitos números, muitos argumentos. Importante é enfatizar as possibilidades brasileiras nessa área, como também na energia solar, nos biocombustíveis e outros formatos.

Estamos chegando à Rio+20, em que um dos focos estará na disponibilidade de recursos naturais e na possibilidade de incluir, na contabilidade de cada país, o valor de seus serviços - a nova contabilidade da "economia verde". Como país anfitrião, o Brasil tem o dever de assumir a vanguarda - até porque os novos caminhos só o favorecem, em qualquer contexto. Não há lugar para declarações infelizes como algumas no governo federal.

 

Fonte: www.estadao.com.br
 

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Primeira Edição © 2011