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Engenheiro Eletricista. Formado em Engenharia Elétrica pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC-FACET). Pós-graduado em Gestão de Manutenção pela União de Faculdades de Alagoas (UNIFAL/FIC). Pós-graduando no MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-RJ). Membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (COBEI/CB-03). Foi Professor Substituto da cadeira de Conversão de Energia II do Curso de Engenharia Elétrica (CESMAC-FACET). Ampla experiência no Brasil e no Exterior (Angola-África) na área de Engenharia Elétrica e Energia (Obras, Projetos, Engenharia e Manutenção). É Sócio-Gerente da JM Engenharia Ltda.

Norma Regulamentadora NR-10 - Visando o bem do trabalhador

21/11/2017 14:49

Caros leitores,

abaixo disponibilizo o link com um Artigo Técnico que publiquei na Revista Lumière Electric deste mês:

https://www.yumpu.com/pt/embed/view/Igzf5sZKVqL1AG4d

O artigo está nas páginas 66 e 67.

Espero que seja bem útil aos leitores.

 

Forte abraço,

 

João Macário Netto

Engenheiro Eletricista

CREA 6047D/AL

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Energias renováveis: um grande potencial a ser explorado no Brasil

06/11/2017 14:27

Em agosto de 2017, a energia eólica chegou a responder por 10% da produção de energia do país - é a primeira vez que a fonte atinge dois dígitos da geração brasileira, conforme informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Atualmente, a energia eólica e a biomassa aumentaram sua representação na matriz energética brasileira, podendo saltar de 5,3% e 8,8%, respectivamente, para 6,5% e 9%, na comparação entre 2016 e 2017, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME).

"O destino do Brasil é a energia renovável, é a nossa vocação. Solar e eólica, por exemplo, tem crescido enormemente", afirmou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa, no XXIV Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE). De acordo com ele, as grandes obras estruturantes - geralmente hidrelétricas, acompanhadas pelas linhas de transmissão - devem ser substituídas pelas energias renováveis. "Estamos trabalhando com a redução do modelo de subsídios para dar transparência e informação adequada à sociedade", ressalta Pedrosa.

Na opinião do gerente de Operação e Manutenção das Eólicas da Copel, Luiz Eduardo Linero, o apoio da administração pública é fundamental para o incentivo a esses projetos. "A sinalização do governo auxilia a todo o mercado. É importante continuar fomentando esses empreendimentos, que são mais rápidos e geram menos impacto ambiental que uma hidrelétrica", afirma. No entanto, há consenso de que o país não pode sobreviver apenas à base de energia eólica, solar e biomassa e, sim, com uma mistura de diferentes fontes.

"É preciso haver casamento entre as energias renováveis e a capacidade de armazenamento desse tipo de energia. Como a eólica e a solar são intermitentes, é preciso manter outros tipos de fontes para atender o consumidor de forma segura", explica Paulo Esmeraldo, vice-presidente da Xingu Rio Transmissora de Energia, um dos empreendimentos da State Grid. A empresa opera no Brasil com transmissão de energia, mas, na China, a companhia domina cerca de 80% do mercado, incluindo as energias renováveis.


Vantagens e desvantagens

energia eólica, no Brasil, já é uma realidade. Segundo Linero, o fator de capacidade dos geradores eólicos no Brasil pode atingir 50%, enquanto na Europa ficam na ordem de 30% - esse termo representa o período em que os equipamentos estão, de fato, gerando energia. Os estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, apresentam as melhores performances, assim como o extremo sul do Rio Grande do Sul.

Por outro lado, tanto a energia eólica quanto a solar têm uma dificuldade: a intermitência. Em outras palavras, o período em que não estão produzindo energia. Durante a noite, é impossível de as placas solares operarem, assim como um dia sem vento pode representar um problema no abastecimento do país. "É preciso focar na segurança e na qualidade da energia, investindo em estrutura para conceber grandes troncos de corrente contínua e na possibilidade de armazenamento para que o sistema não seja instável", revela Esmeraldo.

Nesse contexto, há uma opinião comum de que é preciso interligar os diferentes sistemas de geração de energia e, embora seja um investimento pesado, pensar em mecanismos para estocar o que é produzido. "A armazenagem ainda é o grande desafio", diz Linero.


Geração distribuída

energia oriunda da luz do sol, embora ainda tenha uma representatividade pequena na matriz energética, apresenta um grande potencial por meio da chamada geração distribuída - a produção própria por residências e empresas. Estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, até 2024, cerca de 1,2 milhão de pontos do país vão investir nesse tipo de prática. As baterias solares, neste caso, são uma tendência. Para os consumidores comerciais, existe a possibilidades de compensação de energia elétrica, que permitirá à unidade injetar a potência excedente na rede, recebendo desconto na tarifa ou abatendo o consumo de outra unidade com o mesmo CNPJ.

No entanto, os preços desse tipo de equipamento ainda são considerados caros no Brasil - um país considerado por muitos como um dos mais palpáveis para a disseminação desse tipo de energia, com um período de insolação superior a 3 mil horas por ano -, tornando-se um impeditivo para a rápida disseminação nas residências do país. Uma das motivações apontadas para isso está na alta carga tributária do Brasil, que encarece os painéis solares.

Por fim, a crise econômica, que diminuiu a demanda por energia elétrica nos últimos anos, dificultou a expansão das fontes renováveis, reduzindo a realização de leilões e outros mecanismos por parte do governo federal para incentivar esse tipo de prática.


O exemplo da biomassa

A Copel, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás), desenvolveu um projeto para o aproveitamento de biogás proveniente de resíduos animais para a geração de energia. Com investimento de R$ 17 milhões, o projeto vai interligar 19 propriedades suinocultoras da região de Entre Rios do Oeste por meio de uma rede coletora de biogás, com 22 quilômetros de extensão. O biogás será canalizado para uma Micro Central Termelétrica (MCT), com capacidade de 480 kW.

Prevista para ser entregue ao longo de 2019, o principal benefício da iniciativa está em aproveitar os dejetos animais - eventualmente desperdiçados e que se tornavam lixo orgânico - em biogás e biofertilizantes. O uso da biomassa é vantajoso ao meio ambiente, pois evita que o gás carbônico e o metano decorrentes da degradação dos resíduos cheguem à atmosfera.

Estima-se que somente a quantidade de esterco produzida pelos rebanhos suínos do Brasil seria capaz de gerar 1 milhão de MWh, o suficiente para atender uma cidade com 5 milhões de habitantes.

 

 

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NR10 | Segurança e Eletricidade

17/10/2017 11:28

A NR10 (Norma Regulamentadora 10) estabelece as mínimas condições de trabalho a trabalhadores que possam interagir com instalações elétricas e serviços com eletricidade de alta tensão. Ela abrange qualquer trabalho dessa natureza em todas as etapas de um projeto, construção, montagem, operação, manutenção de instalações elétricas e outros trabalhos relacionados. A NR10 assume intervenções como medidas preventivas para controlar riscos elétricos, utilizando medidas de análise de risco para garantir a segurança e saúde do trabalho. Entre essas medidas, constam esquemas uni filiares de instalações elétricas atualizados com as especificações do sistema de aterramento e outros equipamentos. Segundo a NR10, estabelecimentos com carga superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, no mínimo:

  • CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS DE SEGURANÇA E SAÚDE, IMPLANTADAS E RELACIONADAS À NR10.

  • DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES.

  • DOCUMENTAÇÃO DAS INSPEÇÕES E MEDIÇÕES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTOS ELÉTRICOS.

  • ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL E O FERRAMENTAL, APLICÁVEIS CONFORME DETERMINA A NR10.

  • DOCUMENTAÇÃO QUE COMPROVE QUALIFICAÇÃO, HABILITAÇÃO, CAPACITAÇÃO, AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E DOS TREINAMENTOS REALIZADOS.

  • RESULTADOS DOS TESTES DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA REALIZADOS EM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E COLETIVA (EPC).

  • CERTIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS.

  • RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSPEÇÕES ATUALIZADAS COM RECOMENDAÇÕES, CRONOGRAMAS DE ADEQUAÇÕES.

Segundo a NR10, empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem acrescentar ao prontuário a descrição dos procedimentos para emergências e as certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e atualizado pelo empregador ou designado pela empresa, estando à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado.

NR10: Medidas de Proteção Coletiva

Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas como prioridade medidas de proteção coletiva, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece a NR10 e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Se isso não for possível, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, como:

  • ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS
  • OBSTÁCULOS
  • BARREIRAS
  • SINALIZAÇÃO
  • SISTEMA DE SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE ALIMENTAÇÃO
  • BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO.

O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

NR10: Medidas de Proteção Individual

Quando as medidas de proteção coletiva forem inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos em trabalhos em instalações elétricas, devem ser adotados equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos e adequados às atividades desenvolvidas, de acordo com a NR6. As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. Seguindo a NR10, é vedado o uso de peças pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

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Como Calcular a Velocidade do Motor Elétrico

10/10/2017 08:18

Este assunto motor elétrico é sempre bom esta sendo atualizados e reforçando alguns pontos mais cruciais para os profissionais de elétrica.

Quando você vai fazer a instalação de um motor é essencial que você saiba fazer o calculo do escorregamento, este fator é muito crucial para o processo industrial, isto é, o local onde depende do uso destes motores. Imagine que você vai instalar ou dar a manutenção em uma máquina que rotula garrafas pets, sua velocidade deve ser calculada com os mínimos detalhes e o maior cuidado do mundo, isso por que, deve ser retirado da maquina o máximo de proveito, para que assim seu trabalho auxilie na produção dos rótulos.

Cálculos do motor

Ante de começarmos a falar sobre o escoamento, vamos dar uma relembrada sobre os conceitos de energia e potência mecânica e elétrica. Os dois aspectos citados faz toda a diferença quando o assunto é calcular o escoamento e a velocidade de seu motor.

Para começarmos, vamos relembrar um pouco da elétrica, o que significa a energia deve estar na ponta da língua de qualquer eletricista, portanto a potência é a correlação entre a tensão e a corrente elétrica, mas cada um possui a sua formula especifica e diferente da visão mecânica.

Para entendermos melhor o que significa a energia e a potência mecânica e porque eles são importantes para a mecânica vou dar uma explicação mais direta, bom, a energia em mecânica é a capacidade em que o corpo faz seu trabalho ou então desenvolve uma força, já a potência, consiste na velocidade em que a energia é aplicada ou consumida e cada item tem a suas próprias formula.

O fator que necessita do escorregamento é quando desejamos saber a velocidade para a sincronia do motor(ns), esta velocidade é a velocidade que é estabelecida pelo campo girante, este cálculo consiste na multiplicação da frequência por uma constante de 120 dividido números de polos.

Por exemplo, você tem um motor que possui cerca de 5 polos, assim de acordo com a formula ficaria, 120/5= 24 ns.

Para os motores gaiola de esquilo, ou assíncronos a formula base é a mesma, porém, existe a necessidade de multiplicar o resultado por 1 metro S, esse cálculo nos traz a rotação do eixo do motor sob carga nominal.

Escorregamento

Existem alguns fatores que fazem com que a velocidade do motor deixa de ser exatamente aquela que ele esta projetando para a estrega, isto é, as velocidades reais do campo girante magnético como sabem, esta velocidade poderá variar ao aplicar uma carga mecânica.

Todos os motores elétricos possuem uma diferença natural entre as velocidades do campo magnético do motor contra a velocidade real do rotor, esse fenômeno da perda de velocidade consiste no famoso nome “Escorregamento”, e todos os fabricantes são obrigados a fornecerem este valor e com isso cada fabricante possui um valor de escorregamento. Este na maioria dos fabricantes é fornecido pelos fabricantes em porcentagem.

Podemos ainda poder calcular esse escorregamento, o conceito de escorregamento consiste na diferença entre a velocidade do rotor (n) e a velocidade do campo girante magnético (ns). Um ponto que deve tomar nota é em questão ao motor vazio, isto é, não possui carga, nesta situação a rotação é praticamente a síncrona, por definição, podemos falar que o escorregamento diminui com o aumento da potência. Assim, se formos jogar na formula ficaria:

S% = 100 * (ns – n) /ns

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Adequação das Instalações Elétricas às Novas Diretrizes da Norma Regulamentadora nº 10

26/09/2017 12:45

Caros leitores,

abaixo disponibilizo o link com um Artigo Técnico que publiquei recentemente na Revista Lumière Electric:

https://www.yumpu.com/pt/embed/view/azkq9V0dFG6BxsfO

O artigo está nas páginas 50 a 53.

Espero que seja bem útil aos leitores.

Forte abraço,

João Macário Netto

Engenheiro Eletricista

CREA 6047D/AL

 

 

 

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Primeira Edição © 2011