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"Toda rua da cidade devia ter um nome só..." Roberto Becker

01/04/2012 09:42

Pois é! Nos deixou exatamente hoje, 1o  de abril, para que pensássemos que era mentira, o incrível compositor e cantor Roberto Becker.

Alagoano profundo, indo fundo de verdade nas coisas da cidade, como dizia sua música "toda rua da cidade devia ter um nome só, mas aqui é diferente com as ruas de Maceió".

E aí, Becker, se enfronhava,mostrava como Rua do Sol virava João Pessoa e como tantas outras tinham seus nomes tradicionais e conhecidos mudados só Deus sabe porque.

Um gênio do humor, do amor e da criatividade, Becker gravou comigo em 2000 quando fez um Bartpapo sensacional na TV Pajuçara. Ano passado, gravou mais um já na TV Mar. 

Caído, já combalido pela doença, mas mesmo assim mantendo sua força e comunicação com os telespectadores de maneira forte e precisa.

Confesso que era um enorme admirador de Becker.

Daqueles de faalr todas as vezes que podia em sua figura e em seu trabalho.

Vá com Deus, amigo!

E mostre no andar de cima como se faz e se canta música que o povo gosta. 

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VAI COMEÇAR A GRANDE CORRIDA

30/03/2012 19:07

De dois em dois anos é a mesma coisa, a mesma luta, a mesma briga, a mesma guerra.

Ora para o governo federal e estadual, deputados e senadores, ora para prefeitos e vereadores como é o caso deste ano de 2012.

Por conta da própria lei que manda que hajam desencompatibilizações para os ocupantes de cargos e assim possam se candidatar, aí começam as corridas, os interesses eleitorais, até os oportunismos em negociações as mais variadas.

Governantes sérios procuram não permitir grandes comprometimentos para que suas administrações permaneçam intactas, o que é difícil, até o último dia de gestão.

Administradores que já não concorrem à reeleição relutam em ceder a pressões, mas é preciso fazer sucessores e, por mais que não o queiram acabam tendo que convergir para esta ou aquela negociação política que leve à vitória.

Poucos se preocupam em fazer com que a administração siga sem prejuízo para os projetos em andamento ou para a população.

Dentre esses poucos, o prefeito Cícero Almeida tem exigido de seu secretariado que nada pare.

Que tudo prossiga em ritmo acelerado até que o último dia de sua gestão se esgote.

E, então, com toda a transparência, o novo governante receba o bastão e encare o seu mandato como simplesmente o dia seguinte.
 

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CHICO ANÍSIO E EU

24/03/2012 06:18

CHICO ANÍSIO E EU

             Pouca gente sabe que comecei minha vida em televisão na extinta TV Rio, na cidade do Rio de Janeiro, no princípio da década de 60.

E lá, escrevia, atuava e dirigia nos melhores programas de humor da época que seriam o que são hoje as novelas.

Grandes audiências.

Chico Anísio trabalhava lá e atuava em programas como “Noites Cariocas”, “Ô Nordeste da Peste”, “ O Riso é o Limite”.

Fazíamos um grupo compacto e bem fechado, ele, Carlos Manga, recém egresso do cinema, Aluísio Silva Araújo e eu.

Era o advento do “vídeo tape”, uma máquina enorme que possibilitava a gravação de comerciais e programas.

A mãe dos vídeo-cassetes e avó dos gravadores de última geração.

O sonho de Chico era fazer um programa em que os seus personagens se cruzassem, se falassem, estivessem na mesma cena, etc.

Um sonho caro e quase impossível.

Até que, juntamente com o diretor do vídeo tape e com Manga, viajamos para a CBS, em Nova York para aprender a cortar e editar naquela máquina da mesma maneira que se fazia com as fitas de áudio.

De volta, reunimos todo o elenco da emissora, contamos a idéia, dissemos que iríamos apresentar o piloto a um possível patrocinador  e que se aprovado todos estariam no novo projeto.

Caso contrário nada se poderia fazer.

Todos toparam e levamos 3 dias gravando e uma semana cortando e editando.

Ao final, reunimos todos, convidamos uma agência de publicidade com seu cliente, o Run Bacardi e, todos nervosos apresentamos o que viria a ser o primeiro “Chico Anísio Show” – um dos maiores sucessos da televisão brasileira e responsável pela ascensão deste que foi, também, o maior humorista de todos os tempos.

Guardo essa história com carinho.

Ainda trabalhamos juntos por algum tempo até que fui para São Paulo, ingressei na publicidade e no jornalismo e aos poucos fui deixando todo aquele trabalho nas minhas memórias.

E que, com a morte de Chico Anísio passo a vocês.   
 

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Mototaxi é morte certa.

17/03/2012 16:36

As pessoas, às vezes, demoram a pensar e se apressam em criticar.

Uma lei sendo regulamentada beneficia os conhecidos “motoboys”.

E como se tornou uma profissão tem mais é que ser regulamentada.

E, até porque, é uma profissão que tem dado certo, que faz parte da vida moderna e está definitivamente incorporada ao chamado comércio “delivery”.

Agora, quando se trata de mototaxi, numa cidade grande, turbulenta e de trânsito complicado como é Maceió, aí a coisa tem que ser realmente muito bem pensada porque se está colocando vidas em risco além da do profissional mototaxista.

O passageiro, ávido por chegar ao seu destino, mas completamente desamparado na garupa de uma moto com um condutor que nem se sabe como vai se comportar é algo criminoso a que um dirigente público não pode aderir.

Quando o prefeito Almeida resolveu que mototaxista aqui, de jeito algum, várias pessoas revoltaram-se contra ele achando que estaria prejudicando uma classe trabalhadora.

Não é nada disso.

E, pelo contrário, devemos agradecer a sua visão que não está para a morte e sim para a vida.   

 

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Gratificar policial que apreende armas e drogas?

09/03/2012 16:46

Outro dia manifestei minha opinião sobre este assunto e disseram que só assim os policiais iriam cumprir com a sua obrigação.

Só assim?

Faz parte da missão dos policiais ajudarem o estado a se livrar deste mal crônico que é a insegurança e o tráfico.

Claro que, quanto mais forem aprendidas armas e drogas pior fica o terreno para os traficantes.

Então, por que premiar a quem cumpre com o seu dever?

Por que o governo não pensa em melhorar salários, dar dignidade aos policiais, criar prêmios simbólicos como se faziam nas forças armadas em época de guerra?

Levantar o ego, o amor pela pátria, pelo seu estado de origem.

O prêmio pecuniário cria de outro lado, uma concorrência nefasta entre os policiais, uma corrida ao ouro que só pode acabar mal.

A obrigação do policial é estar em dia com seus deveres e contra o crime, seja ele qual for.

A obrigação do estado é dar a eles condições para que cumpram com o seu dever de barriga cheia e com a família tranqüila.

No mais é estimular de maneira errada e viciosa.    


 

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