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A guerra das vacinas.

15/08/2020 08:31

                        Duas guerras em andamento: a primeira contra o desacerto médico-social em todo o mundo quando foi surpreendido pelo novo coranavírus e teve que enfrentá-lo sem saber como. A famosa história do inimigo oculto que tem uma poderosa arma e dela faz uso sem que tenha adversário para enfrentá-lo. Foi assim que tudo começou na China lá pelos idos de fevereiro. A segunda grande guerra é a de descobrir a arma verdadeira que acabe com o inimigo e o afaste de suas investidas mortais por onde passa ou onde coabita. E aí a disputa de vários países, de muitas instituições principalmente as científicas que querem ser as salvadoras da pátria, às vezes mais pela honra de descobrir a vacina salvadora à frente de países politicamente adversários do que pela graça de encontrar o remédio que vai encostar na parede e dar o “knockout”no inimigo comum. A Rússia, por exemplo, declarou que descobriu a vacina e que em dois meses estaria vacinando em massa. Imediatamente encontrou muitos países a declararem a ineficácia, a falta de testes definitivos e a afastarem sua validade já considerando que aquele país estava na corrida como um dia esteve na luta com os Estados Unidos por uma viagem à Lua. Na verdade esperamos que ninguém fique lunático e que as forças e os testes se unam além de que todos procurem encontrar aquilo que será o bem comum da humanidade. Uma vacina ou, quem sabe, muitas vacinas.          

 

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A felicidade existe.

11/07/2020 17:04

É claro que sim. Existe de fato e de direito no coração de cada um ainda que esses “cada uns” às vezes nem queiram acreditar. Talvez por analisarem a felicidade pelos conceitos mais comuns, pelas visões generalizadas e não pela possibilidade de enxergá-la por ângulos diversos e às vezes até indefinidos. Ela pode estar na série de convivências do “toma lá dá cá”, mais comum, por exemplo entre os casais de todas as idades, como pode estar situada apenas “toma lá” sem que haja a necessidade do “dá cá”. A felicidade é um estado de espírito que pode ser vivenciado em cada minuto, em cada ato da vida por mais inexpressivo que seja porque o simples fato de estarmos aqui, de estarmos vivendo nos dá o direito de sermos mais simples e menos exigentes na busca da chamada felicidade. Dormir e acordar, por exemplo, são atos de extrema paz que entremeados com sonhos ou pesadelos nos dá enorme alegria quando deles nos despertamos. A felicidade existe nos pequenos atos, muito mais do que nos grandes. A felicidade verdadeira é tão real e tão bem distribuída nos minutos de nossas vidas que às vezes nem nos apercebemos de que a estamos absorvendo e vivendo com ela e por ela. E, talvez seja exatamente por não a percebermos que não a compreendemos em toda a sua essência porque ela não está na riqueza, na opulência, na pobreza ou na penúria. Ela faz parte de um todo que, se bem administrado em nossas mentes, se bem compreendido minuto a minuto nos faz compreender que em cada um desses minutos ela existe e a nós só compete enxergá-la.

 

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Quando um amigo se vai

24/06/2020 09:00

                                                     

                 Luiz Carlos Barreto Góes. Fundador e diretor deste jornal. Para mim muito mais que isso. Meu amigo desde os anos de 1978 quando o conheci em Sergipe, ele diretor da Comlar, junto a outros que fiz naquela época. Joaquim Santana, Elias Costa e Silva, João Alves, gente boa que está por aí até hoje. Eu tinha uma agência de criação publicitária no Rio de Janeiro que prestava serviços para agências e alguns clientes diretos no nordeste brasileiro. Um deles era a Habitacional com sede em Aracaju e em função disto nasceu nossa amizade que se estendeu para Alagoas, onde assim que por aqui cheguei o encontrei como diretor de O Jornal. Logo me convidou para assinar uma coluna, o fiz, depois ele vendeu o jornal, fundou o Primeira Edição, levei minha coluna para o novo jornal onde escrevo até hoje. Lula era uma figura ímpar e reclamava quando eu ficava algum tempo sem vê-lo. Quando eu chegava e colocava a cara na porta de sua sala ele dizia logo: “Ficou rico! Não vem mais ver os pobres!” E a partir dalí o papo se estendia, as confissões da vida e por aí vai. E na despedida a eterna reclamação: “Vá lá em casa sábado. Você nunca vai!” Era o dia em que ele gostava de receber os amigos para um churrasquinho. Aquilo era quase um ritual. E aí essa Covid19 que está levando tanta gente nos leva mais esse amigo tão querido e tão de surpresa. Um aviso que Bruno, seu filho nos dava de que ele havia sido internado, dois telefonemas com Conceição para saber de seu estado, uma rápida intubação e em menos de dois dias, a notícia chegando à noite de que ele havia partido aos 72 anos. Um choque! Teimoso como ele era enfrentava as dificuldades de tocar um jornal impresso sempre acreditando e acreditando se foi. Fica o legado de seu trabalho, a família, os amigos que como eu não deixarão que morra com ele a chama de sua lembrança e de nossa saudade. Nossos  sentimentos, meus e de Vanessa à Conceição, Bruno, Miguel e Rachel.

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Depois da tempestade, o Brasil.

05/06/2020 16:41

                      Conhecer o Brasil antes de se espraiar pelo mundo, sem dúvida deve ser o melhor conselho que se possa dar ao turista que, após pandemia, deseja aprontar as malas e sair por aí. O dinheiro é nosso e é o que temos sem precisarmos de câmbios, flutuações de moedas e outras coisas mais. E o país é uma maravilha distribuída em milhões de metros quadrados que podem dar oportunidade em todas as áreas da diversão e do conhecimento seja por sua enorme quantidade de arte popular e convencional, seja pelas belezas naturais que se dividem entre praias paradisíacas, pantanais, serras, cachoeiras e cascatas surpreendentes, além de cidades modernas e tecnologicamente apreciáveis. O Brasil é uma verdadeira enciclopédia mesclada por uma miscigenação fantástica mostrando culturas que vão dos índios aos negros, à enormes  concentrações de todas as nacionalidades; imigrantes incríveis que trouxeram pedaços de seus países e de seus costumes para aqui e nos ensinam até hoje parte de suas culturas e de suas raízes absolutamente entranhadas e mescladas com a maior parte dos brasileiros.Talvez seja este o país mais miscigenado do mundo e uma das maiores oportunidades de se conhecer todas as vidas e todos os climas da terra. Por isso, sempre digo, eu que muito andei pelo mundo, muito andei por este outro mundo que é o Brasil. Aproveite-o. Do calor intenso ao cortante frio; da seca à neve; das praias aos pântanos.  O Brasil é nosso! E depois da tempestade sempre virá a bonança de nosso imenso país.

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E não há falta de decoro presidencial?

20/05/2020 11:02

               É engraçado como este país está controverso, cheio de falhas de interpretações e outras coisas mais. Por toma lá dá cá um deputado é exposto à investigação por falta de decoro parlamentar e isso acontece porque o parlamento não é lugar para besteiróis e, por conseguinte, a medida é correta. Há que se manter a dignidade do cargo e da casa.

             Já no âmbito do Planalto, da casa do presidente, da rua do presidente, porque ele acaba achando que tudo é dele, ninguém se importa com o que ele fala ou diz acabando por espalhar falta de decoro por todos os cantos do país.

            A última foi a piada idiota que fez diante das câmeras dizendo que a direita toma “cloroquina” e a esquerda toma “tubaína”. Ora, meus amigos, isto é papel de um presidente da república? Essas e outras piadinhas de mau gosto não se constituirão em uma tremenda falta de decoro? Além de criar rachaduras ainda mais inconseqüentes no seio da população porque acirra os ânimos, as discussões e até essa questão da cloroquina que precisa ser discutida por médicos e cientistas, mas não por leigos, ainda que dentre eles esteja o presidente da república.

            Enquanto isso estamos perdendo a batalha contra o vírus, mas acreditando ainda que Deus nos ajudará a vencer outras batalhas e no final a guerra. Ainda que tenhamos gente que deveria ser séria, mas que prefere brincar com assunto para lá de sério.

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