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A escola do meu tempo

26/06/2023 15:57

Antigamente a escola era risonha e franca. Professores exigentes, diretores competentes, instrutores excelentes. E a gente na escola dando tratos a cachola pra saber as teorias, decifrar os teoremas, saber quem foi Galileu, solucionar os problemas, falar sobre o Coliseu, estudar o esqueleto, a literatura lusa, conhecer a hipotenusa, o quadrado do cateto…Era espeto! Prova mensal, parcial, prova oral, média final. “Tô com 3 em matemática, afundei minha global” Passou, meu filho? Ainda não, deu bobeira. Fiquei pra segunda época e talvez vá à terceira. Fração, função, confusão, Euclides, Newton, Pitágoras, Xís é igual a não sei que, veja você se eu posso? Tem círculo, semicírculo, diagonal e tangente. Meu Deus, como é que tem gente que sabe todo esse troço? Eu vou ser advogado e não posso ir ao pau por errar na equação do primeiro ou qualquer grau! Minha forra é o Joaquim que, eu sei, vai ser engenheiro, mas levou bomba em latim porque errou no ablativo fazendo a declinação. Oh, aquele tempo de prisão… O tempo do cativeiro…Aprende, estuda, não sabe, na cabeça já não cabe tanta coisa, tanto nome. E o cérebro até ardia na confusão do pronome com conjunção, contração. E depois, na Geografia, aumentava o carnaval. Aquela tal capital o nome é Sófia ou Sofia? E eu sofria e tu sofrias, qual de vocês não sofria guardando nomes e datas? O Dia do Descobrimento, o Dia da Proclamação, o Dia do Livramento, Data da Abolição, Revolução Francesa, Invasão Holandesa, Dom Pedro e a Marquesa, capital da Bulgária, crise operária, capitania hereditária, Império Romano, Deocleciano, Maximiliano…

Ai! Antigamente a escola era risonha e franca. Francamente, minha gente, tudo isto que eu falei foi pura tapeação. Na escola, eu comi merenda. Estudar…não estudei não!

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Política Público Privada. Saída Para Educação?

07/06/2023 20:13

  A educação, única maneira de melhorar os índices de criminalidade de um estado ou de um país, passa pela responsabilidade social dos governos e da sociedade. Passa pela parceria objetiva e realista do capital governista e do capital privado desde que haja motivação para tirar as crianças e os jovens das ruas dando a eles um sistema de dois turnos e de participação da família. Enxergamos um grande projeto educacional onde as escolas-modelo de dois turnos com educação total, incluindo a capacitação social, possam ser materializados através da parceria público privada. A criação de empresas madrinhas para uma ou mais escolas, visando construção e manutenção, mediante incentivo fiscal ofertado pelos governos federal, estadual e municipal. Um verdadeiro mutirão que ainda contemplaria o “Plano de Ascensão Salarial” para professores e todos quantos tenham envolvimento com a educação. É preciso pensar, planejar e executar. É preciso entender que, se não for possível uma enorme ação conjunta, o Brasil continuará assistindo tragicamente o surgimento de novos criminosos que, na verdade, poderiam ser os grandes dirigentes do amanhã. Não queremos dar aula, mas, simplesmente, convocar a todos para uma reflexão.

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Consciência…Negra?

29/05/2023 20:08

O erro começa pela maneira como as coisas são expressadas. Por quantas vezes ouvimos: “Aquele é um branco de alma negra” ou aquele é um negro de alma branca”. Nada disso existe. O que existe é o ser humano, seja qual for a cor da sua pele. O ser humano que pode ser bom ou mau. Que pode ser inteligente ou não. Que pode saber mais ou menos do que outros. Mas, especificamente, o ser humano. Por isso não gosto e protesto sobre o nome “Consciência Negra”. Não existe também. O que há que existir é “consciência”. Consciência do ser humano ao praticar atos que o condenem ou o inocentem no dia a dia da vida. Consciência do ser humano que jamais pode se julgar superior e em nenhuma circunstância. Portanto, brancos, amarelos, negros (agora pretos), vamos todos nos dar as mãos e lutar para que possamos ter a melhor das consciências: A de sermos gente. E gente boa. O resto é “papo furado”.

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“SER OU NÃO SER”

22/05/2023 10:45

O grande dramaturgo inglês William Shakespeare estaria muito bem nos dias de hoje quando o seu famoso slogan “Ser ou não ser, eis a questão” está sendo altamente repetido e repetitivo em palavras e ações, a todo o momento da vida humana. Vivemos um mundo de transformações, de novos métodos e sistemas, de dúvidas e indagações que põem em questão as mais diferentes interrogações do ser humano. Isto me lembra o conhecido Cursilho da Cristandade e o que o conheceram ou dele participaram sabem que antes dos três a sete dias de imersão, na primeira noite inteiramente sozinhos em seus quartos tinham que meditar sobre a grande pergunta: Quem sou eu? Experimentem fazê-la ainda que sem isolamento. Talvez numa noite de insônia e tentem responder rapidamente, o que não acontecerá. Se levarem a sério séria será a meditação e busca pela resposta a uma pergunta aparentemente tão simples. Mentira. Complicada demais aliada ao fato de que muitos ficarão sem a resposta. Assim está o mundo de hoje, onde a dúvida de quem somos e o que somos nos remete ao grande Shakespeare porque em pleno século XXI “ser ou não ser, eis a questão”.

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A Educação Escapa Pelos Dedos

13/05/2023 13:11

Em todos os sentidos e em todos os setores da vida humana a educação, fator básico para a formação da humanidade vem deixando de ser primordial e por isso, exatamente por isso, o nosso país está em profunda decadência, mostrando muito mais seu lado sujo do que as qualidades que deveria e poderia mostrar a si próprio e ao mundo. Foi-se o tempo em que a família era o baluarte, o porto seguro, a certeza dos princípios de respeito, de dignidade e de progresso cultural e existencial. Foi-se o tempo em que a escola era considerada complementar na educação familiar entrando com o lado cultural, mas mantendo os princípios adquiridos nos ambientes caseiros. Foi-se o tempo em que os professores eram respeitados e dignificados pela significância das suas missões e que os seus alunos eram levados a absorver não só os ensinos curriculares, mas, e sobretudo, o estímulo aos seus desejos profissionais futuros colhidos nas sementes lançadas ainda na chamada escola primária. Foi-se o tempo em que o hino nacional era cantado pelas crianças antes de adentrarem suas salas de aula e que a bandeira nacional era erguida e reverenciada. E, ademais, foi-se o tempo em que as autoridades, então formadas em magníficas bancas ainda lutavam por manter no país o mínimo exigível para educação dos filhos pátrios e ainda acreditavam que pudessem fazer política e administração do país com base na educação de seus futuros gestores. Que pena! Foi-se o tempo e a educação nos escapa pelos dedos.

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Primeira Edição © 2011